domingo, 30 de outubro de 2011

REDAÇÃO UNICAMP 2012

Senhores  e  senhoritas,

A Redação na Unicamp-2012



A prova de redação da Unicamp, ao apresentar três propostas obrigatórias de gêneros diversos, sem que os candidatos saibam previamente quais gêneros serão solicitados, oferece a possibilidade de uma relação real e autêntica com a leitura e a escrita de textos.



O que se espera, com essa proposta, é incentivar a escola a trabalhar com gêneros diversos, com ganhos positivos para os candidatos. Pela natureza da prova, terá melhor desempenho o candidato que tiver uma história de leitura e escrita consistente, desenvolvida ao longo dos anos.

O candidato será solicitado a produzir três textos de gêneros diversos, todos de execução obrigatória, a partir de textos-fonte. Cada proposta é acompanhada por um texto a ser lido, de gênero diverso daquele que deverá ser elaborado.

Essa diferença, do ponto de vista do vestibular, exige que o candidato seja sensível às características e aos efeitos  de cada gênero.

Cada uma das três propostas é antecedida por um enunciado que fornece as condições para a produção de leitura e escrita, situando o candidato em relação ao propósito de sua escrita (aproveitamento do texto lido, motor gerador da razão de escrever o texto, lugar de avaliação da compreensão em leitura), ao gênero do texto que deverá ser adotado e à interlocução (enunciador e interlocutor) a ser construída.

É a consideração dessas condições que permitirá a elaboração de um texto adequado. Não se deixam de lado, na avaliação da prova, a fluidez da leitura e a unidade textual, para as quais contribuem os elementos coesivos e a adequação do conjunto lexical ao gênero solicitado. Em face da grande diversidade de gêneros textuais, a Banca  Examinadora espera que o candidato esteja preparado para produzir, entre outros, três dos gêneros abaixo listados:

Carta, e-mail, manifesto, convite, discurso, relatório, reportagem, editorial, resumo, panfleto, resenha, biografia, memorando, diário, sinopse, transcrição de locução esportiva, notícia etc.


Capacidades de linguagem:

Argumentar: carta de reclamação, de solicitação, editorial, textos de opinião, resenha etc.

Expor: artigo enciclopédico, resumo de texto expositivo ou explicativo, relatório científico etc.

Relatar: anedota, curriculum vitae, diário íntimo, notícia, relato de experiência (depoimento pessoal), relato policial, relato histórico.

Narrar: ficção científica, novela, romance, biografia, autobiografia, lenda, fábula etc.

Descrever/prescrever ações /instruir: regras de jogo, receita, regulamento, manual de instrução etc.

Número de linhas estipulado para cada texto: até 24 linhas.


Valor de cada texto: de 0 a 16 pontos.

Total da prova de Redação: 48 pontos.

Só haverá anulação da prova de Redação se os três textos forem anulados.
 
Até mais!

domingo, 23 de outubro de 2011

REDAÇÃO ENEM ÚLTIMAS DICAS

 

Senhores   e  senhoritas,

 RECOMENDAÇÕES  FINAIS:








COMPETÊNCIA I


DEMONSTRAR DOMÍNIO DA NORMA CULTA DA LÍNGUA ESCRITA

EXPECTATIVAS DA BANCA EXAMINADORA:

ESPERA-SE QUE O ESTUDANTE REVELE MUITO BOM DOMÍNIO DA NORMA CULTA (AINDA QUE COM PONTUAIS

DESVIOS GRAMATICAIS OU TRANSGRESSÕES PONTUAIS DAS CONVENÇÕES DA ESCRITA).

COMPETÊNCIA II


COMPREENDER A PROPOSTA DE REDAÇÂO E APLICAR CONCEITOS DAS VÁRIAS ÁREAS DO CONHECIMENTO

PARA DESENVOLVER O TEMA, DENTRO DOS LIMITES ESTRUTURAIS DO TEXTO DISSERTATIVOARGUMENTATIVO

EXPECTATIVAS DA BANCA EXAMINADORA:

ESPERA-SE QUE O ESTUDANTE COMPREENDA O TEMA E O DESENVOLVA A PARTIR DE UM PROJETO

PESSOAL DE TEXTO E DE UM REPERTÓRIO CULTURAL PRODUTIVO. ESPERA-SE AINDA QUE ELE REVELE

DOMÍNIO DO TIPO DE TEXTO SOLICITADO: DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO.

COMPETÊNCIA III


SELECIONAR, RELACIONAR, ORGANIZAR E INTERPRETAR INFORMAÇÕES, FATOS, OPINIÕES E ARGUMENTOS

EM DEFESA DE UM PONTO DE VISTA

EXPECTATIVAS DA BANCA EXAMINADORA:

ESPERA-SE QUE O ESTUDANTE SEJA CAPAZ DE SELECIONAR, INTERPRETAR E ORGANIZAR INFORMAÇÕES,

FATOS, OPINIÕES E ARGUMENTOS, ESTABELECENDO UMA RELAÇÃO PRODUTIVA ENTRE ESSA SELEÇÃO E

SEU PROJETO DE TEXTO.

COMPETÊNCIA IV

DEMONSTRAR CONHECIMENTO DOS MECANISMOS LINGUÍSTICOS NECESSÁRIOS PARA A CONSTRUÇÃO DA

ARGUMENTAÇÃO
 
EXPECTATIVAS DA BANCA EXAMINADORA:


ESPERA-SE QUE O ESTUDANTE ARTICULE MUITO BEM AS PARTES DO TEXTO. ISSO IMPLICA O EMPREGO DE

RECURSOS COESIVOS (CONJUNÇÕES, PREPOSIÇÕES, PRONOMES E ADVÉRBIOS - ENTRE OUTROS) QUE

ESTABELEÇAM A DEVIDA CONEXÃO ENTRE ORAÇÕES E PARÁGRAFOS DO TEXTO.

COMPETÊNCIA V

ELABORAR PROPOSTA DE SOLUÇÃO PARA O PROBLEMA ABORDADO, DEMONSTRANDO RESPEITO AOS

DIREITOS HUMANOS E À DIVERSIDADE SOCIOCULTURAL

EXPECTATIVAS DA BANCA EXAMINADORA:

ESPERA-SE QUE O ESTUDANTE   ELABORE PROPOSTA QUE ESTEJA BEM RELACIONADA AO TEMA E REVELE

COERÊNCIA COM A ARGUMENTAÇÃO CONSTRUÍDA AO LONGO DO TEXTO.
 
Especial



ENEM
 
Até  mais!  BOA  PROVA.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

TEMA DE REDAÇÃO - ENEM - 2011

Em junho do ano que vem, o Rio de Janeiro sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), durante a qual entidades da sociedade civil e delegações dos estados membros da ONU irão debater a relação entre sociedade, economia e meio ambiente.

Espera-se que o evento avance a agenda da Eco 92, que foi realizada na cidade há quase 20 anos, e que os participantes proponham novas soluções e estratégias para enfrentar os problemas do desenvolvimento.

 
A Conferência é uma oportunidade única para que os Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - influenciem o debate e iniciativas sobre o desenvolvimento sustentável, ressaltando um dos seus principais interesses em comum: o papel do combate à pobreza.

 Esta oportunidade deve-se em parte ao peso que os Brics já têm no cenário internacional. O agrupamento possui um PIB combinado de aproximadamente 18,5 trilhões de dólares, reúne cerca de 40% da população do mundo e abrange mais de 25% da cobertura terrestre do planeta.

Apesar de a pegada ecológica per capita dos Brics ainda ser menor do que a dos países industrializados, ela vem aumentando rapidamente com o acelerado crescimento econômico do agrupamento, refletindo uma série de desafios ambientais e sociais. É natural, portanto, que a participação destes países na Rio+20 e na implementação de futuras medidas ambientais seja objeto de atenção da comunidade internacional.


Em todas essas áreas, o Brasil e os demais Brics se empenham em formular soluções inovadoras que possam contribuir para o debate em nível global, especialmente no que diz respeito à segurança alimentar e energética, bem como ao acesso das populações de baixa renda aos recursos básicos. Os Brics precisam dialogar sobre estes temas de forma mais sistemática, encontrando posicionamentos comuns a tempo de articulá-los durante a Rio+20. Só assim a ideia de uma transição global para a economia verde sairá do papel.

Até  mais! -  BOA  PROVA!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ENEM - PROPOSTA DE INTERVENÇÃO


Senhores  e  senhoritas,

Como vencer as catástrofes naturais!








Terremotos, enchentes e erupções vulcânicas causam prejuízos humanos e materiais crescentes, conforme aumenta a população mundial.
 Reduzir as perdas implica definir planos para conscientizar as pessoas de modo a minimizar os riscos das catástrofes naturais


 Como nossa capacidade atual para monitorar, prever e mitigar conseqüências varia de um risco geológico para outro? Que metodologias e novas tecnologias podem melhorar essa capacidade e, assim, ajudar na proteção civil em nível local e global?

Estas perguntas se relacionam ao papel das ciências naturais na disponibilização da informação básica necessária às tomadas de decisões políticas e governamentais.
As questões estão sendo parcialmente tratadas pelo "Tema Desastres Geológicos" do Integrated Global Obser ving System (Igos).
O relatório disponibilizado (ver http://dup.esrin.esa.it/igos-geohazards/ pdf/igos_report.zip) menciona que os cidadãos precisam conhecer o momento da ocorrência, a localização, a extensão, o comportamento provável e a duração dos desastres naturais.
O Igos irá reduzir a diferença entre o que é conhecido e o que é preciso conhecer, a fim de melhorar os inventários, mapas e ferramentas de monitoramento de desastres naturais a serem disponibilizados às agências de monitoramento e consultoria.

Até mais!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

IGUALDADE DE GÊNEROS - ENEM 2011

Atenção !  ENEM 2011



Constituição Federal - artigo 5º/I (discriminação por motivo de sexo)




Se uma pessoa deixa de ter direitos porque é mulher, ela deve denunciar estar sendo vítima do crime de discriminação por motivo de sexo. A Constituição Federal (artigo 5º/I) diz que somos todos iguais, mulheres e homens têm os mesmos direitos e as mesmas obrigações.



Assim, se a mulher receber salário menor para fazer o mesmo serviço que um homem (artigo 7º/XXX da Constituição); se, apesar de ter competência, ela não consegue a vaga porque querem uma mulher de “boa aparência”; se querem obrigá-la a provar que não está grávida ou que é estéril para ser admitida no emprego, ela está sendo discriminada pelo fato de ser mulher.



É também importante saber que, além da Constituição Federal (artigo 7º/XVIII), existem várias leis que protegem os direitos da trabalhadora que fica grávida, após o parto e na amamentação do bebê (CLT, artigos 391 e 392).



O que diz a lei



Constituição Federal - artigo 5º - I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.



Artigo 7º - XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil

domingo, 16 de outubro de 2011

ENEM - 22 E 23 DE OUTUBRO!

Estudantes não poderão usar lápis, borracha e relógios na prova do Enem




Estudantes que vão fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano não poderão usar lápis, borracha e relógios. A proibição foi mantida pelo Ministério da Educação, que alega questões de segurança. As respostas objetivas e a redação deverão ser feitas com caneta preta.



As provas do Enem serão realizadas nos dias 22 e 23 de outubro!

sábado, 17 de setembro de 2011

RECEITA DE UM TEXTO DISSERTATIVO















 Senhor  e  senhorita,

Falemos  de  DISSERTAÇÃO:

Dissertação e Critérios de Correção


1. Introdução
Dissertar é expor ideias a respeito de um determinado assunto. É discutir essas ideias, analisá-las e apresentar provas que justifiquem e convençam o leitor da validade do ponto de vista de quem as defende.


A dissertação, por isso, pressupõe:

• exame crítico do assunto sobre o qual se vai escrever;

• raciocínio lógico;

• clareza, coerência e objetividade na exposição.

Não pense que dissertar é uma prática destinada apenas a suprir as exigências dos vestibulares, ou ainda, um recurso exclusivo de grandes escritores e políticos ao discutir e defender seus pontos de vista.

2. Estrutura da dissertação

A dissertação, comumente, apresenta três partes:


• Tese (parágrafo introdutório) — É a apresentação do assunto a ser discutido no desenvolvimento. Pode ser elaborada com uma afirmação, uma definição, uma citação ou uma interrogação, combinadas ou não entre si.

• Desenvolvimento (argumentação) — É a elaboração argumentativa da tese, uma análise crítica. Deve apresentar exemplificações, justificativas, explicações, juízos. Pode-se proceder a um confronto entre os pontos positivos e negativos do assunto (se houver), às relações de causa e consequência, às comparações de natureza histórica ou geográfica, à passagem do geral para o particular (e vice-versa) etc.

• Conclusão (ponto de chegada da discussão) –É o parágrafo final em que se podem levantar perspectivas sobre o problema discutido (possíveis soluções). A conclusão pode, ainda, ser uma síntese da argumentação ou uma retomada da tese, reafirmando se o posicionamento nela proposto.

Receita para um texto dissertativo

• Como começar?


Após depreender o tema, transforme-o numa interrogação. A resposta a essa pergunta desencadeará as ideias. Reflita sobre o enfoque a ser dado: pense na possibilidade de concordar com o tema (total ou parcialmente), refutá-lo ou fazer uma oposição de ideias. Depois dessa reflexão, rascunhe livremente seu texto ou planeje o conteúdo (sequência de ideias).

• Como elaborar?
Para construir o parágrafo introdutório, considere as abordagens mais coerentes com o seu conhecimento sobre o tema — uma citação, uma definição, uma interrogação, uma trajetória histórica, uma enumeração, uma oposição etc., podendo combiná-las ou não.

• Como discutir?

Qualquer que seja o enfoque, selecione os argumentos (para endossar, refutar ou fazer oposições). Anote evidências do cotidiano, fatos históricos, relacione causa e consequência, pense, enfim, nos exemplos que melhor fundamentam sua discussão.


• Como argumentar?

Observe se cada parágrafo argumentativo desenvolve adequadamente uma ideia-núcleo (por meio de evidências, exemplos, relações de causa e consequência etc.).
• Como concluir?


Para concluir, proceda de forma coerente com a discussão: sintetize o assunto, retome o ponto de vista da tese ou lance uma perspectiva sobre o problema.

Até mais!

domingo, 31 de julho de 2011

A REDAÇÃO DO ENEM - 2011 (2)






Senhor e senhorita,















Vejam os índices relacionados à educação brasileira:

• O Brasil ocupa a 53.ª posição entre os 65 países avaliados pelo Pisa, o mais rigoroso teste comparativo de desempenho escolar;

• 62% dos estudantes saem do ensino básico mal sabendo ler;

• 89% não sabem fazer as operações aritméticas básicas;

• 14 milhões de brasileiros são analfabetos;

• temos um déficit de 1 milhão de vagas nas empresas por falta de trabalhadores qualificados. (adaptado de Veja, 25/5/2011)

O QUE SE PERCEBE, PORÉM, É QUE: Há muito que a norma culta — o padrão estabelecido por gramáticos e lexicógrafos, que nem sempre, aliás, se põem de acordo — deixou de ter valor absoluto. O substrato real de toda língua está na fala popular, que evolui ao longo
do tempo e impõe, cedo ou tarde, mudanças na norma que se convencionou ser a correta.


Em contexto oral, coloquial ou literário, admitem-se variações definidas como erradas pelo padrão gramatical. Esse padrão configura apenas um conjunto de convenções que assegura lógica ao funcionamento do idioma, ainda que suas regras sejam eivadas de exceções e anomalias.


Daí não decorre, porém, que a norma culta seja um parâmetro inútil ou preconceituoso. Trata-se de um lastro, que também evolui no tempo, cujo sentido é tornar a língua estável e previsível; sem tal garantia, as variações cresceriam de forma desordenada até inviabilizar a própria comunicação.

VEJA UMA OPINIÃO MERECEDORA DE VALORIZAÇÃO:

Vamos conceder, apenas para argumentar, que o livro em questão ensine Linguística. Por que o MEC deveria comprar cerca de 500 000 exemplares desse título para distribuir em todas as escolas do ensino fundamental e médio? Linguística é matéria dos Cursos de Letras!
É raro um professor vir a público para reforçar a norma culta. É mais frequente que venha para espinafrar quem defenda os bons costumes na língua e para justificar que cada um deve escrever como lhe apraz, seja canela ou sassafrás.
Mas não praticaram as transgressões gramaticais que tanto defendem para obter seus títulos e serem aprovados em provas e entrevistas que os qualificaram para ensinar em escolas e universidades; do contrário, teriam sido reprovados.
Deonisio da Silva, escritor e professor universitário, veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/ (adaptado)




Ora, senhores e senhoritas, sou pago para ensinar Português. O livro do MEC, porém, preocupa-se com a Linguística. Esta foi útil a todos ... no Curso de Letras. Na função de professor, não posso negar o direito de os meus alunos aprenderem corretamente. Diga Sim à Norma Culta!



Até mais!







terça-feira, 26 de julho de 2011

REDAÇÃO DO ENEM 2011 - (1)





Senhores e senhoritas,

A preparação para a redação do Enem deve ter como ponto de partida a seguinte matriz: “propõe que os alunos reflitam sobre temas diretamente relacionados com o exercício da cidadania”.

Isto significa que você é chamado a refletir sobre temas que constituem desafios para o cidadão. Entretanto, é chamado não só para INFERIR, mas para INTERFERIR.

Senão vejamos:

- 2006: O PODER DA TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA.



Exigia-se que o candidato compreendesse a necessidade de romper com uma concepção positivista de leitura e propusesse soluções para que a leitura viesse a constituir foco de interação e transformação social.



- 2007: O DESAFIO DE SE CONVIVER COM A DIFERENÇA


A banca não queria apenas a inferência sobre a importância da inclusão, da valorização do outro, mas, sobretudo, a partir dessa consciência, mostrar ideias de INTERVENÇÃO, isto é, mostrar saídas para essa situação-problema.





Não se esqueça, não é a reflexão pela reflexão. Não é uma prova de a reflexão como um fim em si mesmo. Antes, um refletir que traduza verdadeiras ações sobre o meio soscial.



- 2008: O MEIO AMBIENTE- FLORESTA COMO MÁQUINA DE CHUVA.

Exigia-se que o vestibulando dialogasse com ações capazes de manter essa máquina funcionando. Deveria escolher uma ação, em que apresentasse vantagens e limitações.



- 2009: O INDIVÍDUO FRENTE À ÉTICA SOCIAL.

Mais um tema sobre o qual o candidato deveria reunir argumentos advindos de várias áreas do saber a fim de demonstrar saídas para um tempo em que a ética é alvo de grandes discussões.


- 2010: A QUESTÃO DO TRABALHO E A DESIGUALDADE HUMANA.



Exigia-se que o vestibulando refletisse sobre o paradoxo do trabalho na atualidade: trabalho escravo e formas inovadoras do trabalho na era tecnológica.


Assim sendo, o que se percebe é que são temas que abordam questões de ordem política, econômica, social, cultural e científica. Apresentados como situação-problema, como desafio, para o qual o vestibulando deverá propor soluções, respeitando os direitos humanos.


Torna-se, pois, uma prova dialógica, em que o candidato, por meio do texto escrito, reflete e propõe soluções. O vestibulando precisa não Só INFERIR, mas INTERFERIR, isto é, não só abordar o problema social, mas mostrar reais intervenções em busca de soluções.

O aluno não deve ficar preso à macroestrutura do texto dissertativo-argumentativo. Deve, antes, demonstrar competência reflexiva, que não se resume a repetir ideias estereotipadas. Não deve, de igual modo, esquecer que é uma prova de Competências. Deve tomar os textos de apoio como ponto de partida, mas o ponto de chegada é o texto escrito em conformidade com as 5 competências:

I - domínio da Norma Culta;
II – Conformidade com a tipologia textual: dissertativo-argumentativo;
III- Selecionar fatos, opiniões, exemplos, dados, argumentos que se relacionem com o tema;
IV- Aproveitar elementos de coesão e mecanismos organizadores do texto;
V- proposta de intervenção, articulada com a discussão desenvolvida. A proposta deve garantir unidade como a discussão apresentada.


Até mais!

domingo, 5 de junho de 2011

PRECONCEITO LINGUÍSTICO I



Senhores e senhoritas,


"A omissão é o pecado que se faz não fazendo. Por uma omissão perde-se um aviso, por um aviso perde-se uma ocasião, por uma ocasião perde-se um negócio, por um negócio perde-se um reino" . Pe. Vieira.


Por preconceito linguístico perde-se a beleza da língua!

É longa a discussão sobre variedade linguística. Entretanto, ela está a ser atualizada pelo MEC.

Mau sinal: a corrupção chegou à linguagem? Há, pelo menos, duas tarefas dos professores de língua portuguesa, na atualidade, como definir a língua padrão brasileira e como tratar a variação lingüística.


A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto:

PRA MIM BRINCAR

Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática.
– As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde.
(BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org: Emanuel de Moraes. 4ª ed. Rio de Janeiro,
José Olympio, 1986. Pág. 19)

Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à seguinte conclusão:
a) Uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras.
b) Apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às cariocas.
c) A tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista.
d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação brasileira.
e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portuguesa



Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de “Bicho urbano”, poema sobre a sua relação com as pequenas e grandes cidades.

Bicho urbano

Se disser que prefiro morar em Pirapemas
ou em outra qualquer pequena cidade do país
estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor de alvorada.
...............................................................................
A natureza me assusta.
Com seus matos sombrios suas águas
Suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.

(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro:
José Olympio Editora, 1991)

Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a opção em que se observa esse recurso.

a) “e o pão preserve aquele branco / sabor de alvorada.”
b) “ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no orvalho”
c) “A natureza me assusta. / Com seus matos sombrios suas águas”
d) “suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto”
e) “me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas”


Até mais.

sábado, 9 de abril de 2011

PÁSCOA 2011


SOBRE A NOSSA LÍNGUA


A PÁSCOA e a Língua Portuguesa


Senhores e senhoritas,


A Língua Portuguesa tem influência de vários povos. É resultado de dialetos e idiomas começando pelo Latim e Grego e agregando palavras do Árabe, Francês, Celtas, Hebraico, Germânica, Hindu e entre outras.


Analisemos a palavra Páscoa. O substantivo pesah/páscoa vem da raiz verbal psh, que aparece no texto bíblico Ex. 12,13,23,27. O substantivo "Páscoa" ligou-se ao sufixo AL. Com ele, formou os adjetivos pascal e pascoal. Essas duas letrinhas aparecem, sobretudo, em adjetivos. Em todos, têm o mesmo significado. Quer dizer relacionado com, pertinente a.


Outrossim, o verbo pasah, passar por cima, carrega o sentido de atravessar, saltar, passar adiante. Refere-se à cultura hebraica. Significa, de igual modo, 'passagem'. Os pastores nômades comemoravam a Páscoa. Cantavam e dançavam pela despedida do inverno e advento da primavera. Na nova estação, a neve se ia. Os campos se cobriam de pastagens. Os alimentos abundavam.


Mais tarde, os judeus começaram a festejar a Páscoa. Lembravam, com sacrifícios, a saída do povo de Israel do Egito. Significava a passagem da escravidão para a liberdade. No livro "Exôdo", a Bíblia conta toda a história da passagem. Vale a pena ler.


Em 325, os cristãos instituíram a Páscoa. Com ela, exaltam a ressurreição de Cristo. Em outras palavras: a passagem da morte para a vida. Para nós, a Páscoa simboliza a morte vicária. Jesus morreu em lugar dos homens. Morreu para salvá-los. Atualmente, a Páscoa é patrimônio cultural do povo brasileiro. Não se esqueça, portanto, de que Páscoa é vida nova. Vamos viver renovando-nos sempre!


Feliz páscoa!


RAPIDINHAS GRAMATICAIS


Como escrever? Momar Kadafi, Muammar Qaddafi, Muammar Gadhafi, Moamar Gaddafi, Moammar Kadhafi… Al- Gathafi, AL-Qadhafi, Al Quathafi, El Gaddafi, Ghaddafy, Kad’afi, Gheddafi... Moamar AL-Gaddafi?


O New York Times escreve Qaddafi. O Washington Post: Gaddafi. Los Angeles Times: Kadafi, com k. No Brasil, a festa é maior.


Quem acertou? Qual deve ser a escrita correta? Todas.


Essa variedade é praticamente inevitável sempre que quisermos transpor para o alfabeto românico (este que estou usando) um nome próprio proveniente de qualquer idioma que utilize um alfabeto diferente, como o hebraico, o grego, o árabe, o chinês entre outros. Esse processo, chamado de transliteração, consiste na tentativa de representar o som original do nome usando apenas as letras do nosso próprio alfabeto. Como se percebe, o resultado nunca será plenamente satisfatório, pois é impossível representar fonemas que nossa língua desconhece. Seja como for, estamos a falar da mesma pessoa. Um senhor de 68 anos, há 42 no poder da Líbia.


Até mais.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

FUVEST 2ª FASE






Senhores e senhoritas








COMO FAZER UMA BOA PROVA ESCRITA:











A primeira recomendação é LER com muita ATENÇÃO os enunciados e entender o que está sendo pedido. Embora essa seja uma recomendação estereotipada, ela é muito útil na segunda fase.





A segunda: é preciso estar atento ao fato de que o examinador, ao ler as suas respostas, terá de entender o que você quis dizer.





Isso pode parecer óbvio, mas na ânsia de responder tudo o que sabe, você não organiza as ideias, e as respostas acabam ficando incompreensíveis.





Uma boa resposta, então, deve ser objetiva e ter começo, meio e fim. Recomendo, pois, que se faça um esquema. Este o ajudará a não se desviar do que é solicitado na questão.




PLANEJE AS SUAS RESPOSTAS ANTES DE COLOCÁ-LAS, EM DEFINITIVO, NO PAPEL.




A terceira: é importante saber distinguir o significado de DEFINIR, COMPARAR, EXPLICAR, DESCREVER E JUSTIFICAR.




ATENÇÃO! Se você definir quando se pede uma justificativa, sua questão provavelmente será anulada.




Fique atento também nas questões que pedem vários itens. Muitas vezes a resposta encontrada no item "a" servirá para que você responda o item "b"...




As questões, de um modo geral, buscam aferir a capacidade do aluno de ler em diferentes níveis.




Enfim, não se esqueça de que uma PROPOSTA DE REDAÇÃO de temática ampla, como faz a FUVEST, exige que o canditato determine o aspecto do qual pretende tratar durante seu jogo expositivo-argumentativo. O RECORTE TEMÁTICO é a delimitação desse aspecto.

FUVEST 2ª FASE