Senhores e senhoritas,
"A omissão é o pecado que se faz não fazendo. Por uma omissão perde-se um aviso, por um aviso perde-se uma ocasião, por uma ocasião perde-se um negócio, por um negócio perde-se um reino" . Pe. Vieira.
Por preconceito linguístico perde-se a beleza da língua!
É longa a discussão sobre variedade linguística. Entretanto, ela está a ser atualizada pelo MEC.
Mau sinal: a corrupção chegou à linguagem? Há, pelo menos, duas tarefas dos professores de língua portuguesa, na atualidade, como definir a língua padrão brasileira e como tratar a variação lingüística.
A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto:
PRA MIM BRINCAR
Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática.
– As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde.
(BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org: Emanuel de Moraes. 4ª ed. Rio de Janeiro,
José Olympio, 1986. Pág. 19)
Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à seguinte conclusão:
a) Uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras.
b) Apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às cariocas.
c) A tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista.
d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação brasileira.
e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portuguesa
Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de “Bicho urbano”, poema sobre a sua relação com as pequenas e grandes cidades.
Bicho urbano
Se disser que prefiro morar em Pirapemas
ou em outra qualquer pequena cidade do país
estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor de alvorada.
...............................................................................
A natureza me assusta.
Com seus matos sombrios suas águas
Suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.
(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro:
José Olympio Editora, 1991)
Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a opção em que se observa esse recurso.
a) “e o pão preserve aquele branco / sabor de alvorada.”
b) “ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no orvalho”
c) “A natureza me assusta. / Com seus matos sombrios suas águas”
d) “suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto”
e) “me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas”
É longa a discussão sobre variedade linguística. Entretanto, ela está a ser atualizada pelo MEC.
Mau sinal: a corrupção chegou à linguagem? Há, pelo menos, duas tarefas dos professores de língua portuguesa, na atualidade, como definir a língua padrão brasileira e como tratar a variação lingüística.
A discussão sobre gramática na classe está “quente”. Será que os brasileiros sabem gramática? A professora de Português propõe para debate o seguinte texto:
PRA MIM BRINCAR
Não há nada mais gostoso do que o mim sujeito de verbo no infinito. Pra mim brincar. As cariocas que não sabem gramática falam assim. Todos os brasileiros deviam de querer falar como as cariocas que não sabem gramática.
– As palavras mais feias da língua portuguesa são quiçá, alhures e miúde.
(BANDEIRA, Manuel. Seleta em prosa e verso. Org: Emanuel de Moraes. 4ª ed. Rio de Janeiro,
José Olympio, 1986. Pág. 19)
Com a orientação da professora e após o debate sobre o texto de Manuel Bandeira, os alunos chegaram à seguinte conclusão:
a) Uma das propostas mais ousadas do Modernismo foi a busca da identidade do povo brasileiro e o registro, no texto literário, da diversidade das falas brasileiras.
b) Apesar de os modernistas registrarem as falas regionais do Brasil, ainda foram preconceituosos em relação às cariocas.
c) A tradição dos valores portugueses foi a pauta temática do movimento modernista.
d) Manuel Bandeira e os modernistas brasileiros exaltaram em seus textos o primitivismo da nação brasileira.
e) Manuel Bandeira considera a diversidade dos falares brasileiros uma agressão à Língua Portuguesa
Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de “Bicho urbano”, poema sobre a sua relação com as pequenas e grandes cidades.
Bicho urbano
Se disser que prefiro morar em Pirapemas
ou em outra qualquer pequena cidade do país
estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor de alvorada.
...............................................................................
A natureza me assusta.
Com seus matos sombrios suas águas
Suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.
(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro:
José Olympio Editora, 1991)
Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia, construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas. Assinale a opção em que se observa esse recurso.
a) “e o pão preserve aquele branco / sabor de alvorada.”
b) “ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no orvalho”
c) “A natureza me assusta. / Com seus matos sombrios suas águas”
d) “suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto”
e) “me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas”
Até mais.
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