terça-feira, 26 de julho de 2011

REDAÇÃO DO ENEM 2011 - (1)





Senhores e senhoritas,

A preparação para a redação do Enem deve ter como ponto de partida a seguinte matriz: “propõe que os alunos reflitam sobre temas diretamente relacionados com o exercício da cidadania”.

Isto significa que você é chamado a refletir sobre temas que constituem desafios para o cidadão. Entretanto, é chamado não só para INFERIR, mas para INTERFERIR.

Senão vejamos:

- 2006: O PODER DA TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA.



Exigia-se que o candidato compreendesse a necessidade de romper com uma concepção positivista de leitura e propusesse soluções para que a leitura viesse a constituir foco de interação e transformação social.



- 2007: O DESAFIO DE SE CONVIVER COM A DIFERENÇA


A banca não queria apenas a inferência sobre a importância da inclusão, da valorização do outro, mas, sobretudo, a partir dessa consciência, mostrar ideias de INTERVENÇÃO, isto é, mostrar saídas para essa situação-problema.





Não se esqueça, não é a reflexão pela reflexão. Não é uma prova de a reflexão como um fim em si mesmo. Antes, um refletir que traduza verdadeiras ações sobre o meio soscial.



- 2008: O MEIO AMBIENTE- FLORESTA COMO MÁQUINA DE CHUVA.

Exigia-se que o vestibulando dialogasse com ações capazes de manter essa máquina funcionando. Deveria escolher uma ação, em que apresentasse vantagens e limitações.



- 2009: O INDIVÍDUO FRENTE À ÉTICA SOCIAL.

Mais um tema sobre o qual o candidato deveria reunir argumentos advindos de várias áreas do saber a fim de demonstrar saídas para um tempo em que a ética é alvo de grandes discussões.


- 2010: A QUESTÃO DO TRABALHO E A DESIGUALDADE HUMANA.



Exigia-se que o vestibulando refletisse sobre o paradoxo do trabalho na atualidade: trabalho escravo e formas inovadoras do trabalho na era tecnológica.


Assim sendo, o que se percebe é que são temas que abordam questões de ordem política, econômica, social, cultural e científica. Apresentados como situação-problema, como desafio, para o qual o vestibulando deverá propor soluções, respeitando os direitos humanos.


Torna-se, pois, uma prova dialógica, em que o candidato, por meio do texto escrito, reflete e propõe soluções. O vestibulando precisa não Só INFERIR, mas INTERFERIR, isto é, não só abordar o problema social, mas mostrar reais intervenções em busca de soluções.

O aluno não deve ficar preso à macroestrutura do texto dissertativo-argumentativo. Deve, antes, demonstrar competência reflexiva, que não se resume a repetir ideias estereotipadas. Não deve, de igual modo, esquecer que é uma prova de Competências. Deve tomar os textos de apoio como ponto de partida, mas o ponto de chegada é o texto escrito em conformidade com as 5 competências:

I - domínio da Norma Culta;
II – Conformidade com a tipologia textual: dissertativo-argumentativo;
III- Selecionar fatos, opiniões, exemplos, dados, argumentos que se relacionem com o tema;
IV- Aproveitar elementos de coesão e mecanismos organizadores do texto;
V- proposta de intervenção, articulada com a discussão desenvolvida. A proposta deve garantir unidade como a discussão apresentada.


Até mais!