Senhores e senhoritas,
A prova de redação da UNESP pretende avaliar, por meio da dissertação, a competência comunicativa do candidato. Vejam, a seguir, os critérios de correção aplicados pela Banca:
1) Linguagem: deve ser culta, revelando vocabulário diversificado.
2) Progressão temática: evitem a prolixidade, a repetição de idéias. Assim, se na tese ocorre a apresentação do assunto, cabe, pois, demonstrar, no desenvolvimento, argumentos que comprovem a pertinência da tese. A conclusão funcionará como um arremate das idéias apresentadas.
3) Coerência: as idéias selecionadas para compor o texto devem harmonizar-se entre si, complementando umas as outras. A falta de nexo ocorre quando não existe essa combinação.
4) Coesão - A harmonia e o equilíbrio do texto são garantidos através das relações estabelecidas entre as idéias e os parágrafos da dissertação.
5) Clareza - um texto confuso é produto de um raciocínio justamente confuso. As idéias devem ser dispostas de modo claro e organizado, a fim de que, numa única leitura, seja possível entender o texto.
6) Ortografia: exige-se obediência às regras gramaticais.
OBSERVEM, A SEGUIR, O COMENTÁRIO SOBRE A PROPOSTA DE REDAÇÃO DE 2007 A QUESTÃO DO IDOSO NO BRASIL.
Como nos anos anteriores, a Banca Examinadora ofereceu diversos textos ao aluno. Neles, o aluno deveria basear-se para adotar um posicionamento em relação ao "problema dos idosos".
Qualquer que fosse a tese, o vestibulando deveria reconhecer um surpreendente aumento da expectativa de vida no Brasil, país que, de acordo com especialistas, não estaria preparado para lidar com o envelhecimento de sua população por ser considerado tradicionalmente um "país jovem". Dessa forma, seria apropriado registrar o descaso - tanto das autoridades quanto da sociedade em geral - com o idoso, considerado ainda como um "obstáculo" - seja pelas inevitáveis limitações da velhice, seja pela falta de recursos financeiros.
Além de levar em conta o tratamento geralmente indigno dispensado a essa faixa etária, o aluno poderia mencionar algumas tentativas de mudança, refletidas em programs voltados para a "melhor idade" - um eufemismo simpático para classificar a "terceira idade". Caberia, contudo, questionar a eficácia de ações governamentais que não se fizessem acompanhar de uma mudança na maneira como cada um de nós, crianças, jovens e adultos, enxergamos os mais velhos.
TEMAS ANTERIORES:
- O BRASIL NO ESPAÇO: PRÓS E CONTRAS;
- O SENTIMENTO DO CIÚME EM NOSSAS RELAÇÕES;
- TERRA PARA TODOS: UTOPIA OU SONHO POSSÍVEL?
- NINGUÉM SERÁ SUBMETIDO A TORTURA NEM A PENAS OU TRATAMENTOS CRUÉIS, DESUMANOS OU DEGRADANTES;
- O SISTEMA DE COTAS PARA NEGROS NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS;
- OS ESTRANGEIRISMOS NA LÍNGUA PORTUGUESA;
- A ESCOLA E A VIDA - O QUE É IMPORTANTE APRENDER;
- A VERDADE OU A MENTIRA: UMA QUESTÃO DE CONVENIÊNCIA?
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