Senhores e senhoritas,
Variações Lingüísticas: Existe um grande número de fatores (como o grupo social, a idade, o sexo, o grau de instrução, etc.) que interferem na maneira individual que o falante tem de se expressar. Dessa forma, compreendemos o item "variações lingüísticas".
Grosso modo, podemos considerar a existência de três tipos gerais de variações:
I- VARIAÇÃO SOCIOCULTURAL: grupo social ao qual o falante pertence;
II- VARIAÇÃO GEOGRÁFICA: região em que o falante vive durante um certo tempo;
III- VARIAÇÃO HISTÓRICA: tempo (época) em que o falante vive.
VARIAÇÃO SOCIOCULTURAL:
Falante 1: "- Eles ficou por fora porque não foi nas aula"
Falante 2: "-Eles não entenderam nada porque não foram às aulas".
O falante 1 faz parte de uma classe economicamente mais pobre da sociedade.
O falante 2 representa aqueles que tiveram melhores possibilidades sociais e econômicas e, por isso, freqüentaram a escola.
VARIAÇÃO GEOGRÁFICA: sotaques diferentes.
- Vacê trôxe rede?
- Não.
-Curchuádo?
-Também não.
-E cuberta?
-Também não trouxe.
VARIAÇÃO HISTÓRICA
- Ai flores, ai flores do verde pino, Pino = pinheiro.
se sabedes novas do meu amigo? Sabedes = sabeis
Ai, Deus, e u é? U = onde; É = está.
Enfim, as variações de uma região para outra recebem o nome de VARIAÇÕES DIATÓPICAS. As variações de um grupo social para outro são chamadas de DIASTRÁTICAS: "Pô, Erundina, massa!". As variações de uma situação de comunicação para outra são denomindas VARIAÇÕES DIAFÁSICAS: uma conversa com amigos num bar permite uma linguagem bem informal. As variações de uma época para outra são chamadas DIACRÔNICAS.
ENEM: As variantes lingüísticas devem ser adequadas à identidade de quem as utiliza e, quanto ao uso, há de se verificar o grau de coerência (uma personagem não pode usar uma variante e, na mesma situação, utilizar outra muito diferente; por exemplo, ora fala na variante gaúcha, ora na carioca). A mistura pode ser feita desde que se tenha um grau elevado de conhecimento da língua, a fim de saber como combiná-las.