quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

PARA VOCÊ GANHAR BELÍSSIMO ANO NOVO



Senhores e senhoritas,




Para ganhar belíssimo Ano Novo, não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas. Andemos com Machado de Assis: chegou um ano, que veio render o outro, montando guarda aos nossos sonhos, às nossas esperanças, à espera que venha rendê-lo outro ano, o de 2011, depois o de 2012, em seguida o de 2013, logo o de 2014, enfim ... 2109!



Que inveja tenho do escritor que houver de saudar o sol de 2109! Que belas cousas que ele há de dizer, erguendo-se na ponta dos pés, para crescer com o assunto, todo auroras e folhas verdes! Naturalmente, maldirá 2009, com seus problemas ambientais, econômicos e até enchentes para tirar a festa dos pobres. Por onde começará? Ora, os tropeços de 2009 não se camuflam; antes, saltam como colibri. Senão vejamos: O então diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, escondeu da Justiça uma casa de R$ 5 milhões num dos pontos mais nobres de Brasília. Ora, de igual modo, escrever é sempre esconder algo de modo que mais tarde seja descoberto. Precisa ler Ítalo Calvino. A Polícia Federal deflagra a Operação Castelo de Areia na empreiteira Camargo Corrêa contra crimes financeiros e lavagem de dinheiro. O presidente do STF, Gilmar Mendes e o ministro Joaquim Barbosa bateram boca no plenário do tribunal. Recordemos Brás Cubas : Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia – algumas vezes gemendo –, mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um “ai, nhonhô!” – ao que eu retorquia: – “Cala a boca, besta!”

O Conselho de Ética da Câmara decidiu substituir o deputado Sérgio Moraes (PTB), pois o deputado afirmara que "se lixava para a opinião pública". O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) pediu desculpas por ter chamado grandes produtores rurais de “vigaristas”. Que ofensa! O senador Eduardo Suplicy (PT) desfilou pelos corredores do Senado trajando uma cueca vermelha e montou a pauta do Congresso dos militantes esquerdistas: Da política à cueca! Vocês querem mais, porém o gênero blog não comporta... tem saia justa. Apenas digo que 2009 está sob chuva ou dilúvio. É tanta água para que a sujeira seja lavada. O certo é que este dilúvio inunda os pobres, sobretudo os marginalizados.
2009 findou com dilúvio e dissensão climática. O clima mostrou-se extremo. Os homens estão a revisitar a arca de Noé. Deixemos 2009. Voltemos a Carlos Drummond de Andrade: Para ganhar um Ano Novo que merece este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. Feliz Ano Novo.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

DE GUTENBERG AO TWITTER: INOVAÇÕES NA ESCRITA





Senhores e senhoritas,

Vamos pensar sobre  o  papel da escrita no mundo da internet?

Das tábuas de argila ao Twitter, a escrita conheceu profundas modificações. A Wikipédia, os blogs e o Twitter anunciam novos tempos e geram novos gêneros ao mundo da escrita. Como a cultura escrita está reagindo às diferentes inovações? Como o professor de redação pode enfrentar problemas ou se beneficiar das dádivas digitais?

Blogs e Twitter são novos gêneros de escrita. A norma culta, porém, ainda possui lugar no ciberespaço, pois muitas revistas científicas já são publicadas na web. Em tais publicações, espera-se o emprego da norma culta.

Não há dúvida de que ocorra um caráter novo da internet com o processo de comunicação. Entretanto, as mudanças da era digital ainda não superam as duas grandes revoluções no caminho da escrita, quais sejam, a revolução do códex, que criou as páginas e os livros e, de igual modo, a revolução da imprensa, democratizando o acesso a textos.

Enfim, muitos estudos surgirão sobre  esse assunto. Ainda será tema de redação em algum vestibular atento às mudanças do nosso tempo.
Até mais!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A RELEVÂNCIA DA COMUNICAÇÃO




Senhores e senhoritas,

Perguntaram-me  recentemente:

- Você vai viajar nessas férias?

Diante da  questão,  meus botões apresentaram-me tais respostas:

- "ãh, hã"
- "lógico"
- "sim"
- "vou"

Ouvi, porém, a conversa que se deu entre eles.

- Por que não respondeu simplesmente: Sim, eu vou viajar nessas férias?

- Ora, posso contar com o conhecimento prévio de meu interlocutor. Agora, deixa a gramática de lado e vamos comprar pão.

- Antes, analisemos  a  frase  'vamos  comprar pão'...

- Qual  é  o  problema?

- Os verbos 'vou + comprar'. Trata-se  de  uma  locução verbal.

-  Também  recebe  o  nome  de  Perífrase verbal.


- Sim, o 1º é  verbo auxiliar;  o 2º, um verbo de ação.

- Entretanto, posso interpretar  a  sentença como  uma  'intenção', isto é,  pretendo comprar?

- Sem dúvida. De igual modo,  como   um  tempo  futuro (comprarei). O fundamental é  que  essa diferença de respostas nos diz muito sobre o percurso de mudança na língua.

- Dessa  forma, podemos contar com o conhecimento de mundo do nosso interlocutor para a relevância  da comunicação. E quanto à mudança climática?

- Fica  para outro momento...

domingo, 29 de novembro de 2009

Por que o brasileiro não lê?



Por que o brasileiro não gosta de ler?

O Brasil tem se defrontado com os indicadores negativos no campo da leitura. Recentemente o Instituto Pró-livro apontou que os brasileiros leem, em média, 1,3 livro ao ano. Nos EUA, a média é de 11 livros por ano. Não é de hoje, porém, que o tema volta a preocupar educadores, pais e governantes. Monteiro Lobato, em 1926, em carta ao presidente Washington Luís, afirmava: “trata-se duma triste realidade que até hoje não mereceu o menor olhar de simpatia dos nossos homens de governo – o livro”. Em 1937, o governo de Getúlio Vargas, tendo como ministro Gustavo Capanema, inicia timidamente uma política para o livro no país. Entre 1950 e 1970, dois programas fomentadores da formação de leitores foram implementados; o ano de 1972 foi proclamado pela Unesco como o “Ano Internacional do Livro”. O Brasil lançou programa nacional, em que se incluía iniciativa voltada à promoção da leitura com “hábito”. Entretanto, desde 1995, a mídia vem publicando o resultado infeliz entre o brasileiro e a leitura. Em dezembro de 2004, veículos da mídia impressa publicaram resultados de um teste de ensino de âmbito internacional – o Programa Internacional de Avaliação do Estudante (Pisa -2003) – que colocavam o Brasil nos últimos lugares dentre quarenta países: 250 mil alunos na faixa etária dos quinze anos foram avaliados com testes nas áreas de saber: Leitura, Ciência e Matemática. Em leitura, o Brasil ficou à frente apenas do México, da Indonésia e da Tunísia. São sinalizadores de que o hábito da leitura está ausente de nossa realidade, por quê?
Pode-se dizer que a falta de leitura esteja ligada a um traço da identidade do brasileiro, isto é, o brasileiro lê pouco por má formação cultural. Tal frase pode se parafraseada por expressões “o brasileiro tem má formação cultural”; “o brasileiro não tem cultura letrada”. Todavia, ainda se eleva a pergunta: por que o brasileiro não lê? Alguns estudiosos entendem que nosso país possui sociedade eminentemente oral, portanto o texto escrito fica em segundo plano na escolha do brasileiro (Hallewell,1985:601). Em 1989, o Congresso de Leitura do Brasil (COLE) questionava a ausência de políticas integradas de fomento à leitura no país. Hoje, a Bienal do Livro acaba por favorecer intensamente o mercado de livros. Ora, a crise da leitura também é fruto de uma crise geral de uma sociedade discriminatória que não fornece igualdade de oportunidade e acesso à cultura. Dessa forma, ações pedagógicas precisam ser desenvolvidas. Em 2009, o Colégio Cristo Rei trouxe um exemplo de fomento à leitura para Marília e região: a I Feira do Livro, momento de encontro, debate, palestra e atividades culturais estimuladoras do hábito da leitura. Ler é pensar o mundo. “A cultura se faz por meio do livro. O livro se faz com papel. Carregar de taxas o papel é asfixiar o livro. Asfixiar o livro é matar a cultura”(Monteiro Lobato).

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

CARTÃO DE NATAL -

RESPOSTA AOS MOMENTOS DA VIDA


A VIDA PODE DIZER NÃO!

A PROVA MOSTRAR-SE DIFÍCIL;

A CERTEZA ESCONDER-SE NO HORIZONTE;

A CHANCE MOSTRAR-SE FUGIDIA;

A CHAVE PARA A SAÍDA ENFERRUJAR-SE;

A PAZ DESCONECTAR-SE;

A TRISTEZA ENCONTRAR MORADA;

A SENSAÇÃO DE DERROTA ENALTECER-SE,



MAS DEUS DIZ SIM!

FAZ A VIDA DIGNIFICAR-SE;

A PROVA TRANSFORMAR-SE EM RISO;

A CHANCE APROXIMAR-SE DE SEUS OLHOS;

A CERTEZA ROMPER EM FÉ;

A CHAVE CERTA PARA INÚMERAS PORTAS;

A SAÍDA SURGIR EM GLÓRIA;

A PAZ REACENDER-SE EM FLORES;

A LUZ MOSTRAR-LHE O CAMINHO;

A DIFICULDADE TORNAR-SE LONGÍNQUA;

A VITÓRIA DIZER SIM!

A ALEGRIA PEDIR PARA FICAR!

SEMPRE MAIS QUE VENCEDORES!

sábado, 10 de outubro de 2009

POEMA DE ANIVERSÁRIO









VERDADES
E
MENTIRAS









VERDADE 1 = COMPLETO, HOJE, 46 ANOS.


VERDADE 2 = ESTOU COM 46 ANOS.


VERDADE 3 = CHEGO, HOJE, AOS 46 ANOS.










MENTIRA 1 = SOU ALGUÉM DE 46 ANOS.


MENTIRA 2 = REALIZEI-ME AOS 46 ANOS.






Ora, como sou mais verdadeiro que mentiroso,

rogo, Senhor Deus, mais 46 anos a fim de que eu possa

bem dizer o que é ter, realmente, 46 anos. E se achar,

ainda, que mereço muito mais...Muito mais agradecerei.

sábado, 5 de setembro de 2009

UM POUCO SOBRE PONTUAÇÃO: O NOVO ENEM - IV



Senhores e senhoritas,


UM POUCO SOBRE PONTUAÇÃO

Além da ordem dos termos, a pontuação é fundamental para que o efeito do sentido se faça coerentemente compreensível. Pontuar bem é ter visão clara da estrutura do pensamento e da frase. É governar bem as rédeas da frase.


Os “sinais de pontuação” são marcas
constitutivas do sentido?

VEJAM:

Irás voltarás não morrerás

Dependendo do sentido que se quer dar, ocorre a pontuação.

Irás. Voltarás. Não morrerás.
Irás. Voltarás? Não. Morrerás.


Os pontos e vírgulas determinam o sentido das palavras, e variados os pontos e vírgulas, também o sentido se varia. É bom que se note: as palavras formam o significado; os pontos e vírgulas determinam o sentido.

Exemplo: Surrexit, non est hic. Ressuscitou, não está aqui. Assim, diz o evangelho que Cristo ressuscitou. Todavia, Surrexit? Non. Est hic. Ressuscitou? Não. Está aqui.

Ora, se a mudança de um ponto e de uma vírgula pode trazer tantos problemas e danos, que seria se mudassem palavras? Que seria se se diminuíssem palavras? Que seria se se acrescentassem palavras?


PENSANDO SOBRE PONTUAÇÃO PARA ALÉM DE SINAIS
GRÁFICOS.


Um homem rico estava muito mal, agonizando. Pediu papel e caneta. Escreveu assim:

"Deixo meus bens a minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres."


Morreu antes de fazer a pontuação. A quem deixava a fortuna? Eram quatro concorrentes.


1) O sobrinho fez a seguinte pontuação:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


2) A irmã chegou em seguida. Pontuou assim o escrito:Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


3) O padeiro pediu cópia do original. Puxou a brasa pra sardinha dele:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.


4) Aí, chegaram os descamisados da cidade. Um deles, sabido, fez esta interpretação:Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.


Cidadezinha Qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar ... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.

Em “Cidadezinha Qualquer”, Carlos Drummond de Andrade utiliza a pontuação com finalidade expressiva.
Na primeira estrofe, há um único sinal de pontuação: o ponto final, no fim da estrofe. Os sintagmas “casas entre bananeiras”, “mulheres entre laranjeiras”, “pomar”, “amor” e “cantar”, que, segundo a gramática, deveriam estar separados por vírgula, pelo fato de serem elementos de uma enumeração, dado o efeito pretendido por meio da organização descritiva da referida estrofe, tal uso não se verifica.
Essa “desobediência” gramatical deve certamente estar relacionada a uma questão de conteúdo, e efetivamente está: a apresentação da cena como um todo; um retrato em que os elementos estão proximamente dispostos, constituindo uma unidade de forma e de sentido.


Na segunda estrofe, cada um dos três períodos, que constituem os versos, apresenta um ponto final. Tal procedimento remete ao fato de cada cena ocorrer a seu tempo, em separado, o que leva à associação com o ritmo lento da vida da cidade.


Na última, o conteúdo semântico do sintagma “devagar” amplia-se com uso de reticências logo a seguir. O olhar das janelas é, dessa maneira, mais vagaroso do que a caminhada do homem, do cachorro ou do burro.




Vejam agora a campanha dos 100 anos da ABI (Associação Brasileira de Imprensa).

Vírgula pode ser uma pausa… ou não.

Não, espere.

Não espere.


Ela pode sumir com seu dinheiro.

R$ 23,4.

R$ 2,34.


Pode ser autoritária.

Aceito, obrigado.

Aceito obrigado.


Pode criar heróis.

Isso só, ele resolve.

Isso só ele resolve.


E vilões.

Esse, juiz, é corrupto.

Esse juiz é corrupto.


Ela pode ser a solução.

Vamos perder, nada foi resolvido.

Vamos perder nada, foi resolvido.


A vírgula muda uma opinião.

Não queremos saber.

Não, queremos saber.

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocará a vírgula depois de MULHER.

Se você for homem, colocará a vírgula depois de TEM?


EXERCÍCIOS:


Nas frases abaixo, coloque vírgula (s) onde convier:
1. Voltaram todos cansados molhados famintos e desapontados.
2. No verão de 74 fomos à praia à serra e ao campo.
3. Os ideais da Revolução Francesa eram Liberdade Igualdade e Fraternidade.
4. As seis maiores cidades brasileiras são Rio de Janeiro São Paulo, Salvador Belo
Horizonte Recife e Porto Alegre.
5. Até que Rex estivesse banhado seco escovado e perfumado a vizinhança toda tinha
aparecido para ver o que estava acontecendo.
6. Os meliantes forçaram a porta da loja penetraram no seu interior dirigiram-se à seção de
moda masculina e ali roubaram todo o estoque de pijamas de seda.
7. Pelos campos pelos bosques por sobre as árvores acima do canto dos pássaros acima
aos silvos do vento ouvia-se o apito da locomotiva.
8. Depois de ordenhar as vacas recolher os ovos no galinheiro trocar a água dos pintos e
alimentar os porcos eu comecei a sentir saudades da cidade.
9. Detestava a ciência porque a considerava apenas como um meio de facilitar o fabrico de
aviões bombas gases e artefatos para a destruição de seus semelhantes.
10. Os diretores reuniram-se para apreciar a situação financeira do clube decidir sobre a
entrada de novos sócios planejar o Carnaval e marcar a data do início da temporada da
piscina.



Divida cada uma das frases abaixo nas orações que a compõem, separando-as por vírgula, quando convier:
1. É melhor pedirmos desculpas ou ela não voltará a falar conosco.
2.Os dias passavam e o pé de laranja-lima ia de mal a pior.
3. Não é fácil pegar o ônibus das 12h pois o sinal para sair toca exatamente ao meio-dia.


ATÉ MAIS!

domingo, 30 de agosto de 2009

AS VÁRIAS NORMAS: O NOVO ENEM- III


Senhores e senhoritas,


Essas normas podem ser características do uso de toda uma região - normas regionais -, do uso de diferentes classes socioeconômicas -normas sociais -, dos usos em família -normas familiares -, dos usos típicos de certas profissões -normas profissionais -,dos usos das gerações -normas etárias - etc. O importante no entendimento das normas são o seu caráter coletivo e sua condição de uso. Isto não significa, senhores, que a norma é rígida e invariável. Para o ENEM, é importante saber que o sistema social oferece aos usuários da língua meios de renová-la. É verdade, porém, que essa renovação é lenta, pois as forças sociais de conservação são mais poderosas do que as iniciativas individuais de estilização.


O que chamamos de língua comum ou língua padrão, dialeto regional ou dialeto social não corresponde a uma entidade homogênea e estável, de limites por si mesmos defenidos. Uma língua só existe em seus usos. Consideremos as diferentes formas ou construções empregadas por muitos brasileiros:

(1) NÓS VOLTEMOS DA PRAIA TARDE.

(2) SE ELA PROPOR ESSE ACORDO, EU ACEITO.


São formas que pertencem à língua como um todo. Porém, as formas padrão correspondentes são:

NÓS VOLTAMOS DA PRAIA TARDE.

SE ELA PROPUSER ESSE ACORDO...


ERNALDICANDO PARA O ENEM-2009: CABE AO USUÁRIO DA LÍNGUA AVALIAR O CONTEXTO DE USO E ESCOLHER A FORMA DE EXPRESSÃO MAIS APROPRIADA. A LÍNGUA É EXPRESSÃO DA IMAGEM QUE OS INTERLOCUTORES FAZEM DA SITUAÇÃO SOCIAL EM QUE SE ENCONTRAM. A LÍNGUA É, POIS, UMA FORMA DE COMPORTAMENTO. REQUER DE SEUS USUÁRIOS DISCERNIMENTO PARA ADEQUAR AS FORMAS QUE IMPREGAM À SITUAÇÃO E À FINALIDADE DO ATO COMUNICATIVO. É NISSO QUE CONSISTE A COMPETÊNCIA COMINICATIVA DO VESTIBULANDO.


FALEMOS DE VARIEDADE LINGUÍSTICA:


Assaltante Cearense: Ei, bixim... Isso é um assalto...Arriba os braço e num se bula nem faça munganga...Passa vexado o dinheiro senão eu planto a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora... Perdão meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia....


Assaltante Mineiro: Ô sô, prest'enção... Isso é um assartim, uai...Levant'os braço e fica quetim quesse trem na minha mão tá chei di bala...Mió passá logo us trocado queu num tô bão hoje...Vai andando, uai, tá esperano o que, uai..


Assaltante Gaúcho: O guri, fica atento... Bah, isso é um assalto...Levanta os braços e te aquieta, tchê!Não tentes nada e toma cuidado que esse facão corta que é uma barbaridade... tchê!Passa os pilas prá cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala!.


Assaltante Carioca: Seguiiiinnte, bicho... Tu ta lascado, isso é um assalto...Passa a grana e levanta os braços rapa... Não fica de bobeira que eu atiro bem pra cacete...Vai andando e se olhar pra trás vira presunto....


Assaltante Baiano: Ô meu rei...(longa pausa)... isso é um assalto...Levanta os braços, mas não se avexe não... Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado... Vai passando a grana, bem devagarinho...Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado...Não esquenta, meu irmãozinho, vou deixar teus documentos na próxima encruzilhada....


Assaltante Paulista: Ôrra, meu... Isso é um assalto, cara... Alevanta os braços, meu...Passa a grana logo, ô meu... Mais rápido, ô meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pa comprar o ingresso do jogo do Curintia, meu...Pô, se manda, meu...


.Assaltante de Brasília: Caro povo brasileiro, no final do mês, aumentaremos as seguintes tarifas energia, água, esgoto, gás, passagem de ônibus, iptu, ipva, lincenciamento de veículos, seguro obrigatório, gasolina, álcool, imposto de renda, IPI, ICMS,PIS, COFINS...



Até mais!


domingo, 16 de agosto de 2009

LINGUAGEM E MUDANÇA: O NOVO ENEM


Senhores e senhoritas,



Toda língua sofre alterações ao longo do tempo. Já houve época em que as línguas eram comparadas a seres vivos, que nasciam, cresciam, davam frutos e morriam. Expressões como 'língua-mãe' e 'língua morta' são vestígios desta concepção. Outra ideia difundida no passado, também hoje superada, é que as línguas 'evoluem para um estado de perfeição'.




Entretanto, sabemos hoje que todas as variedades de uma língua são dotadas de estrutura complexa em qualquer fase de sua existência histórica. Esse é um bom conteúdo não só para o ENEM/2009, mas, sobretudo, ao estudioso da Língua. É bom que se note o fato de que uma língua não muda 'de vez em quando', mas continuamente. Algumas mudanças podem ser notadas em curtos períodos, como o surgimento de certas palavras e o desuso de outras. As mudanças linguísticas só nos aparecem evidentes quando comparamos formas de épocas distintas:

Século XIII: escrevia-se, e seguramente também se falava, MIGO (português atual comigo), fremosa (port. atual formosa), perderán (port. atual perderão). Verbos como TER,VER,PÔR apresentavam-se, na Idade Média, como: teer,veer,poer.

Entendam, portanto, que uma língua é um sistema abstrato reconhecível nos muitos usos, orais ou escritos, que seus falantes fazem dela. Os indivíduos concretizam esse sistema, nas muitas situações de uso. O Novo Enem vai cobrar tal entendimento: Entender as mudanças da língua pode ajudar a
● Combater o preconceito.
● Conhecer as diferenças entre as modalidades oral e escrita.
● Adequar o uso das variantes lingüísticas de acordo com o contexto.

Matriz de Referência de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Competência de área 1 - Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na
escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida.
H1 - Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de
caracterização dos sistemas de comunicação.
H2 - Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e
informação para resolver problemas sociais.
H 3- Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação,
considerando a função social desses sistemas.
H4 - Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e
dos sistemas de comunicação e informação.

EXERCÍCIO:
Leia com atenção o texto:
[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos - peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?)
(Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)
O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto
A) ao vocabulário.
B) à derivação.
C) à pronúncia.
D) ao gênero.
E) à sintaxe.


Até mais!








sexta-feira, 7 de agosto de 2009

PROGRAMAÇÃO PARA O ENEM: alunos do Ensino Médio


Senhores e senhoritas,

O primeiro tópico a ser estudado para a prova do ENEM: ATRIBUIÇÃO DE SIGNIFICADOS.

Reconheça-se, a bem da verdade, que os cinco sentidos do homem ajudam-no a tomar conhecimento de tudo o que acontece à sua volta, seja um ruído, uma lâmpada acesa, um odor. Ou seja, o homem e o meio vivem em contínua interação: o mundo à sua volta é sempre uma 'situação' a que ele pode atribuir significado.

A atribuição de signifcado é o fundamento da orientação humana em qualquer situação. O que significa, por exemplo, um par de sapatos?
Na sapateira, ao lado de outros pares ou mesmo de outras espécies de calçado, é uma propriedade à disposição de seu dono para usos diversos: ir ao trabalho, a um passeio etc.
Na vitrine da sapataria, é um objeto à venda;
No acervo de um museu, seguramente é uma peça de valor histórico não mais destinada ao uso;

Dessa forma, o ato de atribuir significado é sempre um ato de reconhecimento, um ato pelo qual encaixamos o objeto de nossa atenção em um sistema de referências no qual ele passa a ter função e...sentido. Nada, portanto, significa por si só. Atribuir significado é o fundamento da vida em sociedade.

EXERCÍCIO:

Tente imaginar o maior número possível de sentidos diferentes com que alguém poderia dizer cada uma destas frases:
"Fiz um provão!"
"É um mulherão"
"Esta é a minha casinha"
"Puxa, que carrão!"
"Foi um filmaço!"

Todos entendemos o que signfica a palavra 'perna' na expressão "a perna da mesa". Antes indicava uma parte específica do corpo, e que, mediante uma expansão do sentido, passou a indicar uma das partes de uma mesa. TENTE EXPLICAR O RACIOCÍNIO QUE JUSTIFICA A EXTENSÃO:

"O ZBDA É O BRAÇO ARMADO DOS GUERRILHEIROS";
"PAREI DE TORCER PELO SANTOS. NÃO AGUENTAVA MAIS TORCER PELO LANTERNA DO CAMPEONATO";
"NESTE PERÍODO DE GRIPE SUÍNA, OS REMÉDIOS SÃO A TÁBUA DE SALVAÇÃO DAS FARMÁCIAS"

Enfim, alunos, a nossa metodologia, neste blog, será a de capacitar-lhes para o pleno domínio das COMPETÊNCIAS E HABILIDADES PARA ENTENDER O TEXTO E USAR O RACIOCÍNIO A FIM DE CRUZAR INFORMAÇÕES.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

LIÇÕES DE INTERPRETAÇÃO: ENEM 2009



Senhores e senhoritas,


Existe um riso que é mais interior, isto é, mais involuntário e cruel. Falemos desse tipo de riso que pode surgir na comunicação oral ou escrita.

Quando alguém diz a outrem alguma coisa, quer, em última instância, fazer aceitar o que está sendo dito. Para isso, vale-se de uma série de mecanismos. Vejamo-los:

- Dizer sem ter dito;

- Dizer menos para que se entenda mais;

- Dizer e afirmar não ter dito;

- Deixar subentendidamente claro o que não se disse;

- Revelar significados encobrindo-os...


1) Observem estes relatos

- Qual o vento que os cachorros mais temem?

- Furacão.


2) Na viagem, a mãe ajuda a filha, que está enjoada. O cavalheiro ao lado pergunta:

- Foi comida?

- Foi, mas vai casar, responde a mãe.


3) Mãe: - O menino precisa de uma enciclopédia para ir à escola.

Pai: - Que nada! Ele que vá a pé como eu sempre fui.


4) - Estou com vontade de 'brincar' com a Luiza Brunet de novo.

- O quê? Você já 'brincou' com ela?

- Não. Mas já tive essa vontade antes.


5) Criança na esquina, pedindo esmola e fumando. A madame, com pena, dá-lhe um trocado e pergunta:

- Por que você não está na escola, meu filho? O garoto responde:

- Não posso, tenho só quatro anos.


6) - AS DUAS OCORRÊNCIAS DE "RECEBER"

- Sua mãe tá aí? Você não vai receber?

- Receber por quê? Por acaso ela me deve alguma coisa?


7) A PRESSUPOSIÇÃO DO TERMO "MAIS"

-Preciso de um emprego. Tenho 10 filhos.

- E o que mais o senhor sabe fazer?


8) CERTAS OPINIÕES NÃO SE EXPLICITAM

A visita está saindo. A mãe pergunta ao filho, que está por perto:

- E o que é que a gente diz quando a visita vai embora?

- Graças a Deus!


Enfim, de que é que você está rindo?


Boas férias!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

LIVRO PARA O VESTIBULANDO!



Senhores e senhoritas,


Cuidemos para que a leitura não caia na teia do senso comum. A expressão "leitura" sugeria logo a imagem de uma livraria silenciosa, com imagens de Platão ou de outro pensador ilustre, uma ampla poltrona almofadada, uma janela aberta sobre os aromas de um jardim; e neste recanto silencioso, um homem fino, erudito, saboreava linha a linha o seu livro num recolhimento quase amoroso. A ideia de leitura, hoje, lembra uma atividade que pode ser realizada em qualquer lugar em que estejamos. Na fila de um Banco, podemos encontrar alguém folheando páginas às pressas; no metrô, no ônibus ou na escadaria de algum colégio ou ainda no banheiro...podemos imaginar alguém à procura de algo para ler, pois os livros se dividem em duas classes: livros do momento, e livro de todo o momento.


Assim sendo, recomendo-lhes o livro "Crianças Vitimizadas: A Síndrome do Pequeno Poder", organizado por Maria Amélia Azevedo. Iglu Editora,212 páginas. Trata do silêncio sobre a violência das mazelas cotidianas. Uma multidão de crianças vitimadas pela miséria passou a ser reconhecida nas ruas dos grandes centros. O que se nota é a violência dos adultos sobre as crianças. Um espectro enorme de abusos físicos, sexuais e psíquicos a que as crianças têm sido submetidas é dissimulado pela privacidade e pelo poder patriarcal. É o caso da família NARDONI.


Não é arriscado alertar contra o INFANTICÍDIO uma vez que em 1981, entre os pacientes do Manicõmio Judiciário do Estado de São Paulo, a metade havia assassinado crianças e 90% destas mulheres atacaram seus próprios filhos. O livro pode ajudá-los a organizar o pensamento reflexivo sobre tal problemática que, infelizemente, atinge a moral de nossa época. Leiam!


Até mais.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

LIVROS DE AUTOAJUDA?



Senhores e senhoritas,


Férias! período de folga. O termo vem do latim feriae. Para os romanos eram dias em que os deuses pagãos deviam ser honrados. Também designou o período em que a população festejava as vitórias militares. Hoje, meus alunos, significa o período em que os alunos não têm aula. As férias escolares brasileiras costumam ocorrer nos meses de janeiro, fevereiro, julho e dezembro. Mas...voltemos ao título: LIVROS DE AUTOAJUDA? Sim, livros que são vendidos como remédio.


Num país onde se consomem dois livros por habitante por ano, esse tipo de publicação seduz um novo público que procura não a leitura, mas soluções para as mais diversas crises. Tal leitor poderia comprar pílulas de soluções de problemas, mas ainda não estão à venda. É bom que se note, porém, que tais livros não têm nada a ver com a literatura, pois são feitos de linguagem morta. Quem escreve pode ser impostor, quem compra pode ser ingênuo. O lamentável é que até a fição está sendo invadida pela praga da AUTOAJUDA. "Brida", "O Alquimista"..."O Diário de Um Mago"...Não se esqueçam, meus alunos, o senso-comum disfarçado por uma linguagem místico-científica vira novidade.


Enfim, aprendamos um pouco mais sobre LIVROS:


- "De que serve um livro que não saiba levar-nos para além de todos os livros?" (Nietzche)

- "Livro que não seja digno de lido duas vezes, nem de uma sequer é digno" (Weber)

- "Cada época tem o seu prórprio livro" (Maomé)

- "Há livros que devem ser saboreados, outros devorados, e poucos mastigados e digeridos" (Francis Bacon)

- "Casa sem livros: corpo sem alma" (Cícero)

-"Os livros a uns levam à sabedoria, a outros à loucura" (Petrarca)

-"Há livros que lemos com a impressão de estar dando uma esmola ao autor" (Friedrich Hebbel)


Não nos esqueçamos, pois, de que Libri vivi magistri sunt (os livros são mestres dos vivos).

Em perído do Férias, é bom que se leiam os CLÁSSICOS!


Até mais!

segunda-feira, 29 de junho de 2009

GRIPE SUÍNA OU GRIPE MEXICANA?



Senhores e senhoritas,


O movimento em torno do 'politicamente correto' atinge não só a linguagem, mas a variados campos da prática social. É certo que a luta em torno do ser 'politicamente correto' serviu de combate ao racismo, ao machismo e até a diversos tipos de "doenças", como, lepra, aids e, agora, gripe suína.


Não menos certo é o teor crítico que vê reducionismo na crença de que a simples troca de palavras maarcadas por palavras não marcadas ideologicamente possa produzir a diminuição de preconceitos.


Bakhtin(1929) afirma que o signo não reflete, mas refrata a realidade, tornando-se, dessa forma, palco da luta de classes. É por isso que vemos, atualmente, a disputa pelo sentido de certas palavras. Há grupos econômicos organizados em torno dos sentidos das palavras e lutam para que alguns sentidos sejam vitoriosos e, outros, eliminados.


É o caso da GRIPE SUÍNA OU MEXICANA OU H1 OU .....

Quando foi publicada a notícia da gripe suína o medo se espalhou. A própria palavra se encarregou de espalhar medo e aversão. O vice-ministro de ISRAEL, Yakov Litzman, solicitou que evitassem espalhar o termo GRIPE SUÍNA a fim de que o preconceito também não invadisse fronteiras. Pois bem, chamá-lá-emos GRIPE MEXICANA. Ora, a Confederação de Suinicultores Mexicanos logo entendeu que o conceito afetaria seus negócios. Então, o medo passou a ficar mais forte. A palavra coloca mais medo do que o sintoma.


Dessa forma, temos GRIPE SUÍNA, GRIPE MEXICANA, GRIPE A(H1N1), GRIPE A, e, atualmente, GRIPE H1N1. São 5 termos para uma mesma doença. Como diz o macaco simão, "é mole!"

Percebem, meus alunos, que há mais coisa entre o céu e a terra!

Até mais!


segunda-feira, 22 de junho de 2009

TIPOS DE DISCURSO NA NARRATIVA



Senhores e senhoritas,

Vamos Ernaldicar!

DISCURSO DIRETO/ DISCURSO INDIRETO.

I - VERBO NO PRESENTE DO INDICATIVO
Todos os presentes disseram:
- Não votamos nele.

PASSA PARA O PRESENTE DO INDICATIVO NO DISCURSO INDIRETO.
Todos os presentes disseram que não votavam nele.



II- VERBO NO PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO
O moço perguntou:
- Ele não assinou o requerimento?


PASSA PARA O MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO
O moço perguntou se ele não assinara (tinha assinado) o requerimento.


III- VERBO NO FUTURO DO PRESENTE
O mecânico garantiu:
- Eu consertarei a moto.


PASSA PARA O FUTURO DO PRETÉRITO
O mecânico garantiu que consertaria a moto.


IV- VERBO NO PRESENTE DO SUBJUNTIVO
- Duvido que a assembléia aprove a proposta – disse-lhe o sindicalista.


PASSA PARA O IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO
O sindicalista disse-lhe que duvidava que a assembléia aprovasse a proposta do governo.


V- VERBO NO IMPERATIVO

- Passe-me o sal – pediu-me ela.


PASSA PARA O IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO.
Ela pediu-me que lhe passasse o sal.



PRONOMES
I - eu, nós, você(s), senhor(a)(s) -

A garota afirmou:

- Eu amo ler.

PASSAM PARA - ELE(s), ELA(s)
A garota afirmou que ela amava ler.
- Eu amo ler.
ele(s), ela(s)


II- meu(s), minha(s), nosso(a)(s)


- Meus pais participarão da campanha – disse o menino.
seu(s), sua(s) dele(a)(s)


PASSAM PARA - SEU(s), SUA(s), DELE(a)
O menino disse que seus pais participariam da campanha.



III- este(a)(s), isto, isso
- Isso lhe pertence? – perguntou


PASSAM PARA AQUELE(a),(s), AQUILO
Ele(a) perguntou se aquilo lhe pertencia.



ADVÉRBIOS
ontem, hoje, amanhã

- Hoje não posso atendê-lo – disse o dentista.

PASSAM PARA = no dia anterior, naquele dia, no dia seguinte
O dentista disse que naquele dia não podia atendê-lo.



aqui, cá, aí
- Não entro mais aqui! – afirmou Ivo.


PASSAM PARA = ali, lá
Ivo afirmou que não entrava mais ali.


Enfim, o discurso direto consiste na reprodução literal da fala da personagem.


No discurso indireto encontramos a voz do narrador.


No discurso indireto livre, o narrador sai de cena e deixa a personagem "conversando em voz alta". "Passar a vida inteira assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada!"


EXERCÍCIO DA FUVEST/2001


"FILHO, UM DIA TUDO ISSO SERÁ SEU". PASSE PARA O DISCURSO INDIRETO.


Até mais!




terça-feira, 21 de abril de 2009

ARTE DE ESCREVER: cuidado com o verbo acontecer!



Senhores e senhoritas,


"Saber gramática", ou mesmo "saber português", é geralmente considerado privilégio de poucos. Raras pessoas se atrevem a dizer que conhecem a língua. Tendemos a achar, em vez, que falamos "de qualquer jeito", sem regras definidas. Dois fatores principais contribuem para essa convicção tão generalizada: primeiro, o fato de que falamos com uma facilidade muito grande, de certo modo sem pensar. Segundo, o ensino escolar nos inculca a ideia de que não conhecemos a nossa língua.

Outras disciplinas há que são tão ou mais difíceis, por exemplo, a matemática e a química e, para alguns, a história. Mas nenhuma suscita reações tão violentas como a gramática.


Aqui se faz necessário atentarmos para o uso generalizado do verbo ACONTECER. O problema é que alguns alunos estão usando o verbo ACONTECER para tudo, pois usam o verbo com sentidos que nunca teve ou pode ter. ATENÇÃO!


1- "O desastre acontecido em Santa Catarina". Senhores, fatos ocorrem. Não acontecem.

2- "As operações acontecidas na bolsa". Senhoritas, tais fatos se efetuam na bolsa.

3- "Casamento que irá acontecer..."Senhores, casamentos se realizam...

4- "Para que aconteça o que foi prometido..." Senhoritas, tais fatos se cumprem...

5- "Nenhum efeito aconteceu..."Senhores, nenhum efeito resultou...

6- "A discussão aconteceu em nada".Senhoritas, a discussão reverteu...

7- "Faltas que aconteceram por descuido". Senhores, tais fatos se praticam...

(...)

Se fosse para escrever de qualquer jeito, por que o Estado e outras instâncias, incluindo nossa família, gastaram tanto com instrução?

Até mais!

terça-feira, 7 de abril de 2009

FELIZ PÁSCOA


Senhores e senhoritas,

Páscoa é palavra hebraica. Significa 'passagem'. Os pastores nômades comemoravam a Páscoa. Cantavam e dançavam pela despedida do inverno e advento da primavera. Na nova estação, a neve se ia. Os campos se cobriam de pastagens. Os alimentos abundavam.

Mais tarde, os judeus começaram a festejar a Páscoa. Lembravam, com sacrifícios, a saída do povo de Israel do Egito. Significava a passagem da escravidão para a liberdade. No livro "Exôdo", a Bíblia conta toda a história da passagem. Vale a pena ler.

Em 325, os cristãos instituíram a Páscoa. Com ela, exaltam a ressurreição de Cristo. Em outras palavras: a passagem da morte para a vida. Para católicos e protestantes, a Páscoa simboliza a morte vicária. Jesus morreu em lugar dos homens. Morreu para salvá-los.

Não se esqueça, portanto, de que Páscoa é vida nova. Vamos viver renovando-nos sempre!
Feliz páscoa!

QUANTO AO ASPECTO GRAMATICAL, OBSERVEM:
O substantivo "Páscoa" ligou-se ao sufixo AL. Com ele, formou os adjetivos pascal e pascoal. As duas letrinhas aparecem, sobretudo, em adjetivos. Em todos, têm o mesmo significado. Quer dizer relacionado com, pertinente a.

PÁSCOA vem do hebraico pessach. Como aquele acontecimento representou a libertação de um povo inteiro, os cristãos adotaram o mesmo nome para designar a festa celebrada na ressurreição de Jesus.
Aos meus alunos e leitores,
FELIZ PÁSCOA!

domingo, 15 de março de 2009

VALOR ESTILÍSTICO DAS PREPOSIÇÕES






Senhores e senhoritas,



PREPOSIÇÃO = é um termo invariável que liga dois elementos da oração. Liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo, substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc.


Vejam alguns valores das preposições
1-
"a": pode indicar Lugar, Modo...
"Fui a São Paulo"; "Esteja à vontade"...


2- "de": pode indicar Assunto, Origem, Tempo,Causa...
"Só falava de mim"; "Veio do Latim"; "De manhã, partiremos"; "De tanto chorar, as faces ficaram marcadas"...
Vejam, ainda, "O gato morreu de medo" e "O gato morreu de noite"



3- "com" pode indicar Causa; Companhia, Modo...
"Com a seca, a plantação morreu"; "Saiu com os amigos"; "Machucou o gatinho com uma pedra"; "Com livros, o homem vence"...


4- "em" pode indicar Preço, Tempo, Lugar, Modo...
"A casa foi avaliada em dois milhões"
"Em pouco tempo, chegaremos ao destino"
"O Corinthians está em fase de grandeza"
"O jornal ficou em São Paulo"


5- "por" pode indicar Causa, Substituição, Conformidade, Lugar...Em favor de...
"Por ter fome, morreu cedo"; "Peguei o livro de Gramática pelo de Geografia"
"O soldado que lutou no Iraque morreu pela pátria"
"As crianças modelam seu comportamento pelo dos adultos
"


OBSERVAÇÃO: O TEXTO ABAIXO APRESENTA AMBIGUIDADE? JUSTIFIQUE।
"Vital Brasil, médico mineiro, descobriu e sintetizou o soro antiofídico.Iniciou suas experiências em 1897, no Instituto Bacteriológico do Estado e pouco tempo depois conseguiu imunizar animais com venenos de cobras.Nascia o soro antiofídico."
ATÉ MAIS!


VALOR ESTILÍSTICO DAS PREPOSIÇÕES

SENHORES E SENHORITAS,

terça-feira, 10 de março de 2009

CLASSE DE PALAVRAS: ADJETIVO E SUBSTANTIVO


Senhores e senhoritas,

Percebe-se que os zoólogos dividem os animais em diversas classes: mamíferos, répteis, peixes, aves, e assim por diante. Sem essas categorias seria muito difícil fazer zoologia. Em gramática, não falamos em mamíferos nem de répteis. Falamos de ADJETIVOS, VERBOS, PREPOSIÇÕES, ORAÇÕES...Todos esses nomes designam classes de formas linguísticas.

Entretanto, meus alunos,nem sempre os limites entre essas classes são claros e bem definidos. Veja, como podemos classificar a palavra MATERNAL? Por um lado, é adjetivo; por outro, é também o nome de uma coisa, ou seja, designa um tipo de escola infantil: meu filho ainda está no maternal.

Vejam mais:

1. Uma palavra amiga. Uma amiga fiel.

2. Uma menina magrela. Essa magrela é esperta.

3. Um homem trabalhador. O trabalhador está aqui.

Dessa forma, adjetivo e substantivo não constituem duas classes de palavras nitidamente diferentes, mas uma classe que possui formas expressivas variadas.
ATÉ MAIS!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Williamson & Michael Marrus: A POLÊMICA DO HOLOCAUSTO


Senhores e senhoritas,

APRENDENDO A PENSAR


Richard Williamson é bispo católico e membro da seita conservadora, a qual foi há 20 anos excomungada pelo Papa Jão Paulo II e recentemente readmitida pelo atual Papa Bento XVI.

Williamson nega a veracidade do Holocausto "acredito que não existiram câmaras de gás". Qual é o problema deste pensamento? Ora, o problema é que a tese não é dele. É, na verdade, uma tese neonazista. Com o aprofundamento da crise econômica mundial, ganham força os movimentos de extrema-direita na Europa. Como refutar a semântica neonazista?


Michael R. Marrus, historiador judeu, oferece, em seu livro "O Holocausto na História" (Ediouro), um panorama complexo dos vários fatores que levaram ao Holocausto. Entre eles, a visão nazista aos judeus. Marrus foi convidado em 1999 pelo Vaticano para participar de uma comissão que analisaria o papel da Igreja Católica durante o Holocausto. A comissão renunciou em 2001, porque o Vaticano se recusou a abrir seus arquivos. Conforme o professor Marrus, o Holocausto precisa ser visto em um contexto maior, o das políticas nazistas populacionais, do racismo nazista, do tratamento nazista dado às populações do Leste Europeu e a criação de uma utopia racial, na qual os judeus seriam eliminados; os eslavos, escravizados e os ciganos, removidos da área de domínio germânico.


Senhores e senhoritas, percebam que o foco do BISPO CATÓLICO resume-se em polemizar, sobretudo, o Holocausto. A tese de Marrus é, ao contrário, a de problematizar o Holocausto.

Para você, exponha sua apreciação crítica a respeito da questão acima de forma que tenhamos um julgamento crítico.


sábado, 31 de janeiro de 2009

ACORDO ORTOGRÁFICO: SEM DÚVIDAS


Senhores e senhoritas,


RESOLVAM SUAS DÚVIDAS SOBRE O ACORDO ORTOGRÁFICO.

Mudanças no alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z TremaNão se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era
agüentar
argüir
bilíngüe
cinqüenta
delinqüente
eloqüente
ensangüentado
eqüestre
freqüente
lingüeta
lingüiça
qüinqüênio
sagüi
seqüência
seqüestro
tranqüilo

Como fica

aguentar

arguir

bilíngue

cinquenta

delinquente

eloquente

ensanguentado

equestre

frequente

lingueta

linguiça

quinquênio

sagui

sequência

sequestro

tranquilo

Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.Mudanças nas regras de acentuação

observem:
Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era

alcalóide

alcatéia

andróide

apóia (verbo apoiar)

apóio (verbo apoiar)

asteróide

bóia

celulóide

clarabóia

colméia

Coréia

debilóide

epopéia

estóico

estréia

estréio (verbo estrear)

geléia

heróico

idéia

jibóia

jóia

odisséia

paranóia

paranóico

platéia

tramóia


Como fica

alcaloide

alcateia

androide

apoia

apoio

asteroide

boia

celuloide

claraboia

colmeia

Coreia

debiloide

epopeia

estoico

estreia

estreio

geleia

heroico

ideia

jiboia

joia

odisseia

paranoia

paranoico

plateia

tramoia

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

Outra mudança:
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era

baiúca

bocaiúva

cauíla

feiúra

Como fica

baiuca

bocaiuva

cauila

feiura

Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

VEJAM:
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era

abençôo

crêem (verbo crer)

dêem (verbo dar)

dôo (verbo doar)

enjôo

lêem (verbo ler)

magôo (verbo magoar)

perdôo (verbo perdoar)

povôo (verbo povoar)

vêem (verbo ver)

vôos

zôo

Como fica

abençoo

creem

deem

doo

enjoo

leem

magoo

perdoo

povoo

veem

voos

zoo


ATENÇÃO:
Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era

Ele pára o carro.

Ele foi ao pólo Norte.

Ele gosta de jogar pólo.

Esse gato tem pêlos brancos.

Comi uma pêra.

Como fica

Ele para o carro.

Ele foi ao polo Norte

Ele gosta de jogar pólo.

Esse gato tem pelos brancos.

Comi uma pera.

Atenção:• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. • Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Outrossim:
Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.

Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.

Uso do hífen

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.


Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:aeroespacial /agroindustrial /anteontem antiaéreo /antieducativo/ autoaprendizagem /autoescola /autoestrada/ autoinstrução /coautor /coedição /extraescolar/ infraestrutura/ plurianual semiaberto /semianalfabeto/ semiesférico /semiopaco Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, coo peração, cooptar, coocupante etc.
3
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:anteprojeto /antipedagógico /autopeça autoproteção/ coprodução /geopolítica/ microcomputador/ pseudoprofessor semicírculo /semideus/ seminovo /ultramoderno


Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.
Exemplos:antirrábico /antirracismo antirreligioso/ antirrugas /antissocial /biorritmo /contrarregra /contrassenso cosseno/ infrassom /microssistema /minissaia /multissecular/ neorrealismo neossimbolista /semirreta /ultrarresistente /ultrassom


Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.Exemplos:anti-ibérico/ anti-imperialista/ anti-inflacionário/ auto--observação /contra-almirante /contra-atacar /contra-ataque



Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma cosoante.


Exemplos:hiper-requintado /inter-racial/ inter-regional/ sub-bibliotecário super-reacionário / super-resistente/ super-romântico


Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:hiperacidez/ hiperativo /interescolar /interestadual interestelar/ interestudantil /superamigo/ superaquecimento/ supereconômico superexigente / superinteressante / superotimismo


Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:além-mar /além-túmlo ex-prefeito /ex-presidente /pós-graduação /pré-história /pré-vestibular / pró- -europeu / recém-casado /recém-nascido /sem-terra



Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.



Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.


Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:girassol /madressilva /mandachuva paraquedas/ paraquedista /pontapé



Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:Na cidade, conta-se que ele foi viajar.O diretor recebeu os ex-alunos. ResumoEmprego do hífen com prefixosRegra básicaSempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.Outros casos 1. Prefixo terminado em vogal:• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. 2. Prefixo terminado em consoante:• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. Observações1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.

DIRIMINDO DÚVIDAS: ACORDO ORTOGRÁFICO

Senhores e senhoritas,


Vamos dirimir algumas dúvidas sobre o Acordo Ortográfico!


Mudanças no alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z TremaNão se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.
Como era
agüentar
aguentar
argüir
arguir
bilíngüe


COMO FICA
bilíngue
cinqüenta
cinquenta
delinquente
delinquente
eloquente
eloquente
ensanguentado
ensanguentado
eqüestre
equestre
freqüente
frequente
lingüeta
lingueta
lingüiça
linguiça
qüinqüênio
quinquênio
sagüi
sagui
seqüência
sequência
seqüestro
sequestro
tranqüilo
tranquilo
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano.Mudanças nas regras de acentuação
1
Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
Como era
Como fica
alcalóide
alcaloide
alcatéia
alcateia
andróide
androide
apóia (verbo apoiar)
apoia
apóio (verbo apoiar)
apoio
asteróide
asteroide
bóia
boia
celulóide
celuloide
clarabóia
claraboia
colméia
colmeia
Coréia
Coreia
debilóide
debiloide
epopéia
epopeia
estóico
estoico
estréia
estreia
estréio (verbo estrear)
estreio
geléia
geleia
heróico
heroico
idéia
ideia
jibóia
jiboia
jóia
joia
odisséia
odisseia
paranóia
paranoia
paranóico
paranoico
platéia
plateia
tramóia
tramoia
Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era
Como fica
baiúca
baiuca
bocaiúva
bocaiuva
cauíla
cauila
feiúra
feiura
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3
Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).
Como era
Como fica
abençôo
abençoo
crêem (verbo crer)
creem
dêem (verbo dar)
deem
dôo (verbo doar)
doo
enjôo
enjoo
lêem (verbo ler)
leem
magôo (verbo magoar)
magoo
perdôo (verbo perdoar)
perdoo
povôo (verbo povoar)
povoo
vêem (verbo ver)
veem
vôos
voos
zôo
zoo

4
Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
Como era
Como fica
Ele pára o carro.
Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte.
Ele foi ao polo Norte
Ele gosta de jogar pólo.
Ele gosta de jogar pólo.
Esse gato tem pêlos brancos.
Esse gato tem pelos brancos.
Comi uma pêra.
Comi uma pera.
Atenção:• Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. • Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos:Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
5
Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
6
Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam.Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos.Uso do hífenAs observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.
1
Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por h.Exemplos:anti-higiênicoanti-históricoco-herdeiromacro-históriamini-hotelproto-históriasobre-humanosuper-homemultra-humanoExceção: subumano (nesse caso, a palavra humano perde o h).
2
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exemplos:aeroespacialagroindustrialanteontemantiaéreoantieducativoautoaprendizagemautoescolaautoestradaautoinstruçãocoautorcoediçãoextraescolarinfraestruturaplurianualsemiabertosemianalfabetosemiesféricosemiopacoExceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, coo peração, cooptar, coocupante etc.
3
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Exemplos:anteprojetoantipedagógicoautopeçaautoproteçãocoproduçãogeopolíticamicrocomputadorpseudoprofessorsemicírculosemideusseminovoultramodernoAtenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen. Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.
4
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras. Exemplos:antirrábicoantirracismoantirreligiosoantirrugasantissocialbiorritmocontrarregracontrassensocossenoinfrassommicrossistemaminissaiamultissecularneorrealismoneossimbolistasemirretaultrarresistenteultrassom
5
Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma vogal.Exemplos:anti-ibéricoanti-imperialistaanti-infl acionárioanti-infl amatórioauto-observaçãocontra-almirantecontra-atacarcontra-ataquemicro-ondasmicro-ônibussemi-internatosemi-interno
6
Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela mesma cosoante. Exemplos:hiper-requintadointer-racialinter-regionalsub-bibliotecáriosuper-racistasuper-reacionáriosuper-resistentesuper-romântico Atenção:• Nos demais casos não se usa o hífen. Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.
7
Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exemplos:hiperacidezhiperativointerescolarinterestadualinterestelarinterestudantilsuperamigosuperaquecimentosupereconômicosuperexigentesuperinteressantesuperotimismo
8
Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen. Exemplos:além-maralém-túmuloaquém-marex-alunoex-diretorex-hospedeiroex-prefeitoex-presidentepós-graduaçãopré-históriapré-vestibularpró-europeurecém-casadorecém-nascidosem-terra
9
Deve-se usar o hífen com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim. Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
10
Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo.
11
Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição. Exemplos:girassolmadressilvamandachuvaparaquedasparaquedistapontapé
12
Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. Exemplos:Na cidade, conta-se que ele foi viajar.O diretor recebeu os ex-alunos. ResumoEmprego do hífen com prefixosRegra básicaSempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-homem.Outros casos 1. Prefixo terminado em vogal:• Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.• Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, semicírculo.• Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracismo, antissocial, ultrassom.• Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-ondas. 2. Prefixo terminado em consoante:• Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-bibliotecário.• Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, supersônico.• Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante. Observações1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.5. Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas, paraquedista etc.6. Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
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