O jovem tímido, como a própria vida do mestre, desceu seus lábios sobre a mão do escritor; Inclinou seu coração ao aconchego da mão do mestre que, à beira da morte, não mostrava angústia. Enquanto a mão do mestre tocava-lhe o peito, o capítulo XXVI de Esaú e Jacó invadia o quarto com a lição que selaria aqueles dois homens que calados se contemplavam: “Era a paz perpétua; mais tarde viria a perpétua amizade”. Na rua, alguém a perguntar: - Onde encontrar a sabedoria?
Respondia, com o coração ardente, -No quarto de Machado de Assis. E ao perguntarem sobre o que presenciou sobre a morte, não omitiu as palavras do cronista ao seu ouvido: “A monotonia é a morte. A vida está na variedade”(A SEMANA, 18/5/1893). Indagavam outros: - E a morte de Machado? Respondia:
–”Nem era morrer; era um gesto de chapéu, que se perdia no ar com a própria mão e a alma que lhe dera movimento. Um cochilo”
Eis a lição sobre a morte, a morte de Machado de Assis.
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