Por que o brasileiro não gosta de ler?
O Brasil tem se defrontado com os indicadores negativos no campo da leitura. Recentemente o Instituto Pró-livro apontou que os brasileiros leem, em média, 1,3 livro ao ano. Nos EUA, a média é de 11 livros por ano. Não é de hoje, porém, que o tema volta a preocupar educadores, pais e governantes. Monteiro Lobato, em 1926, em carta ao presidente Washington Luís, afirmava: “trata-se duma triste realidade que até hoje não mereceu o menor olhar de simpatia dos nossos homens de governo – o livro”. Em 1937, o governo de Getúlio Vargas, tendo como ministro Gustavo Capanema, inicia timidamente uma política para o livro no país. Entre 1950 e 1970, dois programas fomentadores da formação de leitores foram implementados; o ano de 1972 foi proclamado pela Unesco como o “Ano Internacional do Livro”. O Brasil lançou programa nacional, em que se incluía iniciativa voltada à promoção da leitura com “hábito”. Entretanto, desde 1995, a mídia vem publicando o resultado infeliz entre o brasileiro e a leitura. Em dezembro de 2004, veículos da mídia impressa publicaram resultados de um teste de ensino de âmbito internacional – o Programa Internacional de Avaliação do Estudante (Pisa -2003) – que colocavam o Brasil nos últimos lugares dentre quarenta países: 250 mil alunos na faixa etária dos quinze anos foram avaliados com testes nas áreas de saber: Leitura, Ciência e Matemática. Em leitura, o Brasil ficou à frente apenas do México, da Indonésia e da Tunísia. São sinalizadores de que o hábito da leitura está ausente de nossa realidade, por quê?
Pode-se dizer que a falta de leitura esteja ligada a um traço da identidade do brasileiro, isto é, o brasileiro lê pouco por má formação cultural. Tal frase pode se parafraseada por expressões “o brasileiro tem má formação cultural”; “o brasileiro não tem cultura letrada”. Todavia, ainda se eleva a pergunta: por que o brasileiro não lê? Alguns estudiosos entendem que nosso país possui sociedade eminentemente oral, portanto o texto escrito fica em segundo plano na escolha do brasileiro (Hallewell,1985:601). Em 1989, o Congresso de Leitura do Brasil (COLE) questionava a ausência de políticas integradas de fomento à leitura no país. Hoje, a Bienal do Livro acaba por favorecer intensamente o mercado de livros. Ora, a crise da leitura também é fruto de uma crise geral de uma sociedade discriminatória que não fornece igualdade de oportunidade e acesso à cultura. Dessa forma, ações pedagógicas precisam ser desenvolvidas. Em 2009, o Colégio Cristo Rei trouxe um exemplo de fomento à leitura para Marília e região: a I Feira do Livro, momento de encontro, debate, palestra e atividades culturais estimuladoras do hábito da leitura. Ler é pensar o mundo. “A cultura se faz por meio do livro. O livro se faz com papel. Carregar de taxas o papel é asfixiar o livro. Asfixiar o livro é matar a cultura”(Monteiro Lobato).
2 comentários:
Professor!!
Recebi essa frase e tive que te mandar.
"Maria toma banho porque sua mãe disse ela pegue a toalha."
Está faltando um ponto e duas vírgulas. Essa tá complicada!
Abraço!
Régis
Professor, me lembrei que você já mostrou essa frase, ou uma muito parecida. Mas de qualquer jeito, um belo exercício!
(não precisa aceitar os comentários!)
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