quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A REDAÇÃO NA UNICAMP



Senhores e senhoritas,


COMO SERÁ A PROVA DE REDAÇÃO?

Alterando seu formato, a Unicamp introduz novidades no seu vestibular 2011. Vejamos:


1. Até 2010, a prova contava com uma coletânea de textos nos quais o candidato deveria se basear para escrever sua redação. Ele deveria escolher uma dissertação, carta ou narrativa.


2- No novo formato, o aluno deve fazer TRÊS TEXTOS de, no máximo, 24 linhas. Cada proposta é fundamentada num texto-fonte. Uma notícia veiculada num jornal, por exemplo, pode ser fonte para uma entrevista escrita.


3- A Banca não avisará previamente que gêneros textuais solicitará. Serão gêneros que circulam no cotidiano. Sempre dizemos: "recebi um e-mail"; "recebi uma carta"; " li um anúncio"; "li um editorial"; "li uma entrevista" etc.


COMO FAZER UMA BOA REDAÇÃO?


4- Para a produção de um texto eficiente, é fundamental uma leitura cuidadosa dos textos-fonte e das respectivas instruções: O GÊNERO; A SITUAÇÃO DE INTERLOCUÇÃO E OS PROPÓSITOS a serem cumpridos.


5- O BOM TEXTO precisa evidenciar com nitidez a figura do enunciatário (público-alvo) e do enunciador.


6- O texto produzido deve dialogar com o texto-fonte.




Até mais!

domingo, 17 de outubro de 2010

AS QUESTÕES DO ENEM = SITUAÇÕES-PROBLEMA






Senhores e senhoritas,

ENEM: NA RETA.


As questões, ou situações-problema, diferentemente do que ocorre com as provas de vestibulares tradicionais, não são distribuídas por disciplinas. Elas formam um único bloco, evitando, assim o caráter cartesiano, fragmentado.

Dois eixos principais estruturam as situações-problema do exame: a interdisciplinaridade e a contextualização. Isto significa dizer que uma situação-problema dificilmente traz em si apenas o conteúdo de uma disciplina ou área específica. Vejamos:


Questão nº 49, ENEM – 1998.

Você está estudando o abolicionismo no Brasil e ficou perplexo ao ler o seguinte documento:
Texto 1
Discurso do deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira - Brasil 1879
No dia 5 de março de 1979, o deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira, discursando na Câmara,
afirmou que era preciso que o poder público olhasse para a condição de um milhão de brasileiros,
que jazem ainda no cativeiro. Nessa altura do discurso foi aparteado por um deputado que disse:
“BRASILEIROS, NÃO”.


Em seguida, você tomou conhecimento da existência do Projeto Axé (Bahia), nos seguintes termos:

Texto 2

Na língua africana lorubá, axé significa força mágica. Em Salvador, Bahia, o Projeto Axé conseguiu fazer, em apenas três anos, o que sucessivos governos não foram capazes:
a um custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda meninos e meninas de rua a construírem projetos de vida, transformando-os de pivetes em cidadãos.
A receita do Axé é simples: competência pedagógica, administração eficiente, respeito pelo menino, incentivo, formação e bons salários para educadores. Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo italiano Cesare de Florio La Rocca, o Axé atende hoje a mais de duas mil crianças e adolescentes. A cultura afro, forte presença na Bahia, dá o tom de Projeto Erê (entidade
criança do candomblé), a parte cultural do Axé. Os meninos participam da banda mirim do Olodum, do Ilé Ayê e de outros blocos, jogam capoeira e têm um grupo de teatro.

Todas as atividades são remuneradas. Além da bolsa semanal, as crianças têm
alimentação, uniforme e vale-transporte.


49) Com a leitura dos dois textos você descobriu que a cidadania:
(A) jamais foi negada aos cativos e seus descendentes
(B) foi obtida pelos ex-escravos tão logo a abolição fora decretada
(C) não era incompatível com a escravidão
(D) ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros
(E) consiste no direito de eleger deputados.

Essa questão bem poderia ser específica da disciplina de História do Brasil, mas, para chegar a sua resolução, mais uma vez o candidato não necessita obrigatoriamente de conhecimentos próprios de tal disciplina.

A situação-problema foi elaborada de forma que no processo de leitura dos dois textos apresentados, o participante poderia alcançar sem maiores problemas a resposta adequada.

O texto1, que faz parte do discurso de um deputado baiano de 1879, alude à condição de negros escravos, chamados pelo parlamentar de “um milhão de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro”. O texto 2, por sua vez, informa sobre o Projeto Axé, na Bahia, as características e finalidades desse programa de assistência a crianças e adolescentes.
A partir da leitura dos textos, cobra-se do participante algo relacionado à cidadania no Brasil.

Em relação à alternativa D, segundo a qual a cidadania “ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros”, o leitor, após a leitura dos textos, que possuem um confronto temporal (falam de séculos diferentes), poderá chegar à conclusão de que o Projeto Axé na Bahia é uma forma de resgatar a cidadania desses milhões de brasileiros cativos citados no texto que expõe o discurso do deputado baiano. Nesse caso, o leitor usa como estratégia a metacognição, fazendo uma comparação entre os dois textos, para perceber sua continuidade temática: a falta de cidadania a uma parcela significativa da população brasileira.
Até mais!




domingo, 10 de outubro de 2010

HOJE, DIA ESPECIAL: MIRTES; ANA OLÍVIA; Sr. PEDRO e...


Vocês foram criados para se tornarem semelhantes a CRISTO!

DEIXEM QUE AS RAÍZES DE VOCÊS SE APROFUNDEM EM CRISTO E EXTRAIAM NELE A NUTRIÇÃO. CUIDEM DE CONTINUAR A CRESCER NO SENHOR, E TORNEM-SE FORTES E VIGOROSOS NA VERDADE.

Um abraço e felicidades a todos os que fazem do 10/10/2010 um Dia Especial.

10/10/2010 !

terça-feira, 7 de setembro de 2010

MACHADO DE ASSIS E A INDEPENDÊNCIA






Senhores e senhoritas,





A chuva e o vento me amarraram um pouco mais na cama. Agora, livre das amarras do destino, estou a pensar com Machado de Assis. Deparo-me com a comemoração da Independência. Recorda-me o primeiro encontro de Brás e Marcela. Justamente em 1822, durante as comemorações da independência.Vejamo-lo:




Capítulo XIV - a cena - "O primeiro beijo". Brás e Marcela se encontram "Vi-a no Rocio Grande, na noite das luminárias logo que constou a declaração da Independência, uma festa de primavera, uma amanhecer da alma pública ...teve duas fases a nossa paixão..."




Ora, como sabemos, Machado adora jogar luz irônica sobre os acontecimentos.




Depois do amor, a dívida. A separação de Brás e Marcela pode ser a alegoria entre Brasil e Portugal. Para tirar Brás de Marcela vieram o Pai de Brás e o clero. O acelerado processo de separação tornou-se resultado da ação de uma classe economicamente ameaçada. A situação entre os amantes tomava sérios contornos, exigindo rápida e eficiente intervenção, visto que começava a doer-lhe os bolsos.




Na Independência
"inclinou diante de mim a fronte pensativa, ou levantou para mim os olhos cobiçosos. De todas porém a que me cativou logo...foi uma dama...Marcela, a linda Marcela..."




Sim, para uma reflexão sobre a Independência, é pouco; mas para matar o tempo, sobra. Que a independência nos convida a pensar na Marcela...Sim.


Até mais!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

MACHADO DE ASSIS E JOSÉ SERRA



Senhores e senhoritas,


Fico a pensar com Machado de Assis em tempos de eleições.




Machado sempre nos convida a pensar....pensar....em....José Serra...por quê?




Ora, deixemos o próprio Machado:




"Eram ínfimos, durante a convalescença da derrota; mas os dias passam, o desgosto amortece, a ambição perde as penas, e os 37 votos ficaram sendo um título, uma recordação, uma espécie de aura eleitoral" UM AMBICIOSO - RELÍQUIAS DA CASA VELHA.



"AO VENCIDO, ÓDIO OU COMPAIXÃO; AO VENCEDOR, AS BATATAS"

-Quincas Borba, cap.VI


domingo, 20 de junho de 2010

MACHADO DE ASSIS E A MORTE DE JOSÉ SARAMAGO



Senhores e senhoritas ,



MACHADO DE ASSIS

FALA  SOBRE  A

 MORTE DE


José Saramago .


"Nem era Morrer ;
UM era gesto de
chapéu ,
 Um cochilo..."
(Relíquias da Casa Velha )


"Ésquilo já no tempo Seu perguntava se o Que Chamamos MORTE Não Seria pingos VIDA. É provável que A Hora ESTA tenha Tido Resposta"

(Revista de Teatros , 11 de setembro de 1859)




SARAMAGO : José Saramago , 87 anos, Único escritor de língua portuguesa uma Quem foi do atribuído o Prémio Nobel da Literatura, Along Morreu NA NA SUA casa da ilha de Lanzarote, com Onde habitava uma terceira mulher , Pilar del Rio, Desde Que se auto- exilara de Portugal , em 1993, Depois do Governo português riscar o Seu Nome da Lista dos candidatos Oficiais AO Prémio Literário Europeu .

Seu romance O Último publicado em vida , Caim , Foi Escrito em Quatro Meses . Poucas semanas pingos da SUA saida, em Outubro de 2009, o escritor anunciou Que ia deixar de mensagens não Publicar blogue ( Intervenção Pública a quê entretanto aderira ) PORQUE Outro livro e começara Queria dedicar- LHE todo o Seu tempo . Como se uma " Espécie de transe "o continuasse Possuir um .

SUAS PALAVRAS DERRADEIRAS:

"A MORTE PARA QUE SERVE POSSAMOS VIVER A Continuar "

" QUANDO UM MORRE Escritor , É UM MUNDO QUE Desaparece "


Mais Até !




sexta-feira, 4 de junho de 2010

A ARTE DE ESCREVER - RUMINAR I -

Senhores
  e  senhoritas,

















O  ATO  DE  ESCREVER  NÃO  DEVE  SER  UM  ATO  SOLITÁRIO. ANTES, DEVE  SER  ENTENDIDO DA  MESMA  FORMA  QUE  SE  DEFINE  O  ATO  DE  PENSAR



1- A  primeira  aula de metodologia  na  Faculdade  de  Filosofia  Nossa  Senhora  Medianeira, ministrada pelo professor  Mário Sérgio Cortella,  oferecia-nos  a  seguinte  proposição: COMO  É  POSSÍVEL PENSAR POR  MEIO  DO  JÁ PENSADO?
Eu  era  um  adolescente  sempre  perturbado  com  o  problema  da  escrita  e  do  pensamento. Permaneci  em silêncio dominicano. O  riso  do  professor  invadia  a   paz  dos  alunos. E  vinha  outra  manifestação: ONDE  SE  ENCONTRA  O  OBJETO  QUE  VOCÊ  PROCURA?

2- Deixemos  o  passado. Miremos  o  vestibular  e a  necessidade  de  escrever bem. A  nossa  tese  é  a  de  que  o  ato  de  escrever  se  aproxima  do  ato  de  pensar. Mas  como  devemos pensar?

3-  Pensar  o  que  outros  já  pensaram  constitui  a  ação  de    REPENSAR.  Repensar  é  sempre  pensar. O  pensar  é  um  ato  que se  fortalece  na  interação.

4- Conforme   Kierkegaard,  não  há   verdade  verdadeira que não seja "subjetiva", isto é,  "devorada  canibalmente". Então,  meu aluno, deve  entrar  em  contato  com  o  pensamento  de  bons  autores  a  fim  de  apropriar-se  deles.
"Ao lermos  Platão  ou  Descartes,  pensamos  nós  mesmos como  Platão  ou  Descartes. Pensamos  não  apenas  por  eles,  mas  neles -  pensamos  simplesmente.  É  preciso  conhecer, mas  para  pensar, e não conhecer  por  conhecer. Ao  fim  e  ao  cabo,  é  preciso que  o  pensamento  repensado  seja  integralmente digerido, comido, integrado. É  a  isso que  Nietzsche  nos  convida  quando  lamenta  que  tenhamos  perdido  a  faculdade  conservada pelas  vacas:  a  de  ruminar"

5- Dessa  forma,  a  arte  de  escrever  deve  ser  entendida como  ensina  Harold Bloom, isto  é,  a  grande  escrita  é  sempre  reescrita. Para  isso,  devemos  nos  convencer  da  necessidade  de  conhecer  os  mais  diversos  gêneros  textuais (carta, bilhete, conto, fábula, crônica, ensaio, dissertação, poema, receita, bula, descrições, narrações, sermões, discursos...), apreender  sua  estrutura  íntima, identificar  o modo como foram  realizados e, finalmente,  ruminar, incorporar esse  modelo para  a  nossa  maneira  de  escrever.

6-  Escrever  não  é  um  ato  vazio, isolado  e  irrefletido. Então  siga  as  pegadas. Quem  procura, acha.


Até mais!





quarta-feira, 21 de abril de 2010

TIRADENTES E MACHADO DE ASSIS







Senhores  e  senhoritas,
hoje é  feriado,  dia  de  leitura.  Então,

TIRADENTES E 21 DE ABRIL


Na quarta-feira, dia 21 de abril, acordei cedo, como de costume, bebi o café que eu mesmo preparei, e dei-me ao gosto de propor a mim mesmo uma reflexão. Tiradentes e a inconfidência. Esta palavra veio do latim confidentia, confiança. O prefixo in traz o sentido de negação, ato de trair. Outro termo, mais rude, suscita a sensação de dor, arrancar, puxar, tirar, esquartejar. Tudo pede certa elevação. É certo que vivemos a era das verdades esquartejadas, não menos certo, porém, é certeza de que cada uma de nossas verdades deve ter um mártir.

Machado de Assis, apesar do ceticismo, não economizou elogios a Tiradentes desde 1860, sobretudo na questão da inauguração da estátua equestre de d. Pedro I na praça do Rocio (agora praça Tiradentes), no Rio de Janeiro. Ora, no lugar onde o mártir fora enforcado, o governo imperial erguia uma estátua ao neto da rainha, responsável pela condenação do alferes. Na crônica de 1 DE ABRIL DE 1862, publicada no Diário do Rio de Janeiro, quando se comemorava a estátua, o cronista escrevia “Está inaugurada a estátua equestre do primeiro imperador. Os que a consideram como saldo de uma dívida nacional nadam hoje em júbilo e satisfação. Os que, inquirindo a história, negam a esse bronze o caráter de uma legítima memória, filha da vontade nacional e do dever da posteridade, esses reconhecem-se vencidos, e, como o filósofo antigo, querem apanhar mas serem ouvidos. O historiador futuro que quiser tirar dos debates da imprensa os elementos do seu estudo da história do império, há de vacilar sobre a expressão da memória que hoje domina a praça do Rocio.”

A crônica de 25 de abril de 1865, o cronista volta a se referir a Tiradentes “Os povos devem ter os seus santos. Aquele que os tem merece o respeito da história, e está armado para a batalha do futuro. Também o Brasil os tem e os venera; mas, para que a gratidão nacional assuma um caráter justo e solene, é preciso que não esqueça uns em proveito de outros; é preciso que todo aquele que tiver direito à santificação da história não se perca nas sombras da memória do povo. É uma grande data 7 de setembro. Mas a justiça e a gratidão pedem que, ao lado do dia 7 de setembro, se venere o dia 21 de abril. E quem se lembra do dia 21 de abril? Qual é a cerimônia, a manifestação pública? Entretanto, foi nesse dia que, por sentença acordada entre os da alçada, o carrasco enforcou no Rocio, junto à rua dos Ciganos, o patriota Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado o Tiradentes.”

A última série de crônicas da vida de Machado de Assis, A Semana, teve início na semana seguinte ao “dia de Tiradentes”, ano do centenário da morte do inconfidente, 1892. Vejamo-lo “O instinto popular, de acordo com o exame da razão, fez da figura do alferes Xavier o principal dos Inconfidentes, e colocou os seus parceiros a meia ração de glória. Merecem, decerto, a nossa estima aqueles outros; eram patriotas. Mas o que se ofereceu a carregar com os pecados de Israel, o que chorou de alegria quando viu comutada a pena de morte dos seus companheiros, pena que só ia ser executada nele, o enforcado, o esquartejado, o decapitado, esse tem de receber o prêmio na proporção do martírio, e ganhar por todos, visto que pagou por todos.”

Em 1893, cronista volta a dar o tom sobre o mártir “Na sexta-feira, pelas seis horas da manhã, ouvi tiros de artilharia. Ou é a salva de Tiradentes, disse à família, ou é a revolução que venceu. Saí à rua; era a salva. Perguntei pelos mortos. Que mortos? Pelos acontecimentos. Que acontecimentos? Nada houvera; toda a cidade vivera em paz. Assim se desvaneceram os sustos, filhos de boatos, filhos da imaginação. Assim se desvaneçam todos os demais ovos do marido de La Fontaine. Só um fato se havia dado, como disse, o do coreto. Fui à praça ver os destroços, mas já não vi nada; achei a estátua e curiosos. Desandei, atravessei o largo de S. Francisco e desci pela rua do Ouvidor, ao encontro do préstito de Tiradentes. Soube que já não havia préstito. Era pena; esta cidade tem, para Tiradentes, não só a dívida geral da glorificação, como precursor da independência e mártir da liberdade, mas ainda a dívida particular do resgate.”

Enfim, o tempo urgia a findar tal reflexão; a manhã já me abandonava; ouvia o ruído dos automóveis; o movimento de nossa época, indiferente ao herói do passado. Lembrou-me Alcebíades que seguia Sócrates, sem capacidade e sem disposição para mudar sua vida, mas perturbado, enriquecido e cheio de amor. Algumas vidas são exemplares, outras não; e entre as vidas exemplares há as que nos convidam a imitá-las, e outras que miramos à distância com uma mistura de medo e reverência, do latim reverentia, originalmente designando temor respeitoso diante das coisas sagradas, mas hoje...




domingo, 11 de abril de 2010

AS POSSIBILIDADES DA NOSSA LÍNGUA PORTUGUESA

Senhores  e  senhoritas,

Analisemos, neste  domingo,  as  possibilidades  da  nossa  Língua.







- O MODO DE DIZER DO POBRE E  DO  RICO!!



1- O rico é inconveniente, incômodo, cansativo

O pobre é chato, enchedor de saco, pentelho



2- Ricos trocam afagos

Pobres trocam amassos



3- O rico provoca uma desordem

O pobre faz uma bagunça



4- O rico agita o leque

O pobre sacode o abano



5- O rico lança por terra

O pobre joga no chão



6- O rico dá um desconto

O pobre tira uns trocados



7- O rico está deprimido

O pobre está capiongo



8- O rico está desalentado

O pobre está de crista caída



9- O rico fica deprimido

O pobre cai na fossa



10- Segredo de rico está oculto, abscôndito

Segredo de pobre está debaixo dos panos



11- Refeição de rico é comida

Refeição de pobre é gororoba



12- O rico tem cognome, pseudônimo

O pobre tem apelido, nome de guerra



13- O rico se rende

O pobre baixa a crista



14- O rico é delator

O pobre é dedo-duro



15- O rico vem em pessoa

O pobre vem em carne e osso



16- O rico supera a crise

O pobre sai do sufoco



17- O rico sai discretamente

O pobre sai de fininho



18- O rico arrisca

O pobre faz uma fezinha



19- O rico penhora a joia

O pobre bota a jóia no prego



20- O rico está debilitado em extremo

O pobre não aguenta uma gata pelo rabo



21- O rico se altera

O pobre fica puto



22- O rico investe com denodo

O pobre bota para quebrar



23- O rico tem suas economias

O pobre tem seu pé-de-meia



24- O rico é muito trabalhador

O pobre é pé-de-boi



25- O rico é polivalente

O pobre é pau para toda obra



26- O rico abandona os negócios

O pobre chuta o pau-da-barraca



27- O rico fica ancilosado

O pobre fica encaranguejado



28- Plano de rico falha, malogra

Plano de pobre vai para a cucuia, para o beleléu



29- O rico está inquieto

O pobre está com o diabo no couro



30- O rico é extravagante

O pobre é acavalado



31- O rico une-se em matrimônio

O pobre junta os trapos



32- O rico é acéfalo

O pobre é burro



33- O rico assume a defesa

O pobre compra a briga



34- O rico fica melancólico

O pobre fica jururu



35- O rico ataca

O pobre cai em cima



36- O rico fica retraído

O pobre fica encorujado



37- O rico é acriançado

O pobre é bocó



38- O rico é esquivo

O pobre é bicho-do-mato



39- O rico se enfurece

O pobre vira bicho



40- O rico dispensa

O pobre deixa para lá



41- O rico tolera, admite

O pobre deixa passar, deixa correr



42- O rico faz exclusão

O pobre deixa de fora



43- O rico dissimula

O pobre faz vista grossa



44- O rico faz ameaça

O pobre mostra os dentes



45- O rico volta depauperado

O pobre volta com a língua de fora



46- O rico deplora

O pobre abre o berreiro



47-O rico fica sem dinheiro

O pobre fica depenado



48- O rico está financeiramente liquidado

O pobre está pelado, está na dependura



49- O rico fica despido

O pobre fica pelado



50 - O rico muda de repente

O pobre muda do dia para a noite



51- O rico foge num instante

O pobre foge enquanto o diabo esfrega um olho



52- O rico conversa, dialoga

O pobre bate papo, leva um lero



53- O rico tem um desentendimento

O pobre tem um arranca -rabo, arranca -toco



54- O rico elimina a testemunha

O pobre queima o arquivo



55- O rico toma um drinque

O pobre toma uma truaca



56- Descanso de rico é repouso

Descanso de pobre é deforete



57- O rico é granfino, vaidoso

O pobre é metido a sebo, metido a besta



58-O rico é descontraído

O pobre é sebite



59- Pele de rico tem oleosidade

Pele de pobre tem sebo



60- Braço de rico tem axila

Braço de pobre tem sovaco



61- Suor de rico é transpiração

suor de pobre é sovaqueira



62- O rico ganha uma insignificância

O pobre ganha uma merreca



63- O rico fica indeciso

O pobre fica abestado



64-O rico trabalha

O pobre dá duro



65- Caldo de rico é consomê

Caldo de pobre é canja



66- O rico vacila

O pobre dá bobeira



67- O rico está inspirado

O pobre está com a cachorra



68- O rico é autista, esquizofrênico

O pobre é doido, pirado, abilolado



69- O rico é abstêmio

O pobre é careta



70- O rico é conservador

O pobre é quadrado



71- Bens antigos de rico são antiguidades

Bens antigos de pobre são velharias



72- Descuido de rico é abstração

Descuido de pobre é bobeira



73- O rico é loquaz

O pobre é falador



74- Rico que não paga é inadimplente

Pobre que não paga é  picareta



75- O rico é impotente

O pobre é brocha



76- O rico põe os olhos

O pobre mete as botucas



77-  O rico está desmotivado

O pobre está sem tesão



78- O rico está obstinado

O pobre é cabeça-dura



79- O rico sonha, fantasia, faz castelos

O pobre viaja na maionese, delira no ki-suco



80- O rico amola

O pobre enche o saco



81- O rico bajula

O pobre puxa o saco



82- O rico é inconveniente

O pobre dá no saco, pentelha



83- O rico fica aborrecido

O pobre fica de saco cheio



84-O rico é vilão

O pobre é 171


85- O rico tem rosto largo

O pobre tem cara de bolacha



86- O rico estimula os ânimos

O pobre bota lenha na fogueira



87- O rico confessa

O pobre solta a língua



88-O rico não diz o que pensa, o que sabe

O pobre fica na moita



89- O rico trai a mulher

O pobre bota chifre



90- O rico é traído

O pobre é chifrado



91- O rico faz um superesforço

O pobre corta um dobrado



92- O rico fala demais

O pobre fala pelos cotovelos



93- O rico tem rugas

O pobre tem pregas



94- O rico é contumaz

O pobre é cabeçudo



95- O rico é jactancioso

O pobre é papo-furado



96- O rico fica lívido, pálido

O pobre perde a cor



97- O rico fica ruborizado

O pobre muda de cor



98- Sobra de rico é resíduo

Sobra de pobre é resto



99- O rico está em situação relevante

O pobre está na crista da onda



100 -O rico está suspeitando de alguma coisa

O pobre está com a pulga atrás da orelha



101- O rico acelera

O pobre pisa fundo



102-O rico desorganiza-se

O pobre desgringola



103- O rico se deixa envolver

O pobre vai no arrastão, vai na onda



104- O rico faz grande sucesso

O pobre arrebenta a boca do balão



105- O rico pede arrego

O pobre pede o penico



106- O rico tenta aproximação amorosa

O pobre paquera, arrasta a asa



107- O rico enfeza-se

O pobre sai vendendo azeite



108- O rico é preparado

O pobre é cabeça feita



109- O rico deixa a casa desarrumada

O pobre deixa a casa de pernas para o alto



110- O rico é mal-acabado

O pobre é feito nas coxas



111- O rico fica violento, colérico

O pobre fica uma fera, uma arara



112- O  rico é avarento

O pobre é unha-de-fome



113- O rico diligencia

O pobre anda, vira, mexe



114- O rico é pouco inteligente

O pobre é uma anta, uma mula, um camelo

ENFIM,
A linguagem reflete o ambiente social em que um e outro se colocam. A presença de um termo em território que não lhe é próprio pode soar como fato estranho e desagradável.
 
Até mais!

sábado, 27 de março de 2010

A ARTE DA PALAVRA À MANEIRA DE MACHADO DE ASSIS

Senhores  e  senhoritas,

A  ARTE DA  PALAVRA  implica  apaixonar-se pelas palavras. O crítico literário Harold Blom  explica que a  grande escrita  é  sempre  reescrita, isto é,  um bom texto  sempre  precisa ser  reescrito. O  poeta  francês Paul Valéry  dizia que  os  deuses nos dão  o primeiro verso, mas que o restante do poema nós mesmos temos que  encontrar. Aproveite  a  crônica  machadiana a  fim  de  elevar o manancial da escrita.


Machado de Assis: 12/03/1893

QUE CUIDAM que me ficou dos últimos acontecimentos Amazonas? Um verbo: desaclamar-se. Está em um dos telegramas do Pará e refere-se ao cidadão que, por algumas horas, estivera com o poder nas mãos. "Tendo em ofício participado a sua aclamação marcado o prazo de 12 horas para a retirada do governador, de clamou-se em seguida por outro ofício. . ."

Pode ser (tudo é possível) que o intuito da palavra fosse ante gracejar com a ação; mas as palavras, com os livros, têm os seus fados, e os desta serão prósperos. É uma porta aberta para as restituições políticas. Resignar, como abdicar, exprime a entrega de um poder legítimo, que o uso tornou pesado, ou os acontecimentos fizeram caduco. Mas, como se há de exprimir a restituição do poder que a aclamação de alguns entregou por horas a alguém? Desaclamar-se. Não vejo outro modo.

Mérimée confessou um dia que da história só dava apreço às anedotas. Eu nem às anedotas. Contento-me com palavras. Palavra brotada no calor do debate, ou composta por estudo, filha da necessidade, oriunda do amor ao requinte, obra do acaso, qualquer que seja a sua certidão de batismo, eis o que me interessa na história dos homens. Desta maneira fico abaixo do outro, que só curava de anedotas. Sim, meus amigos, nunca me vereis vencido por ninguém. Alta ou baixa que seja uma idéia, acreditei que tenho outra mais alta ou mais baixa. Assim o autor da Crônica de Carlos IX dava Tucídides por umas memórias autênticas de Aspásia ou de um escravo de Péricles. Eu dou as memórias deste escravo pela notícia da palavra que Péricles aplicava, em particular, aos cacetes e amoladores de seu tempo.

Que valem, por exemplo, todas as lutas do nosso velho parlamentarismo, em comparação com esta palavra: inverdade? Inverdade é o mesmo que mentira, mas mentira de luva de pelica. Vede bem a diferença. Mentira só, nua e crua, dada na bochecha, dói. Inverdade, embora dita com energia, não obriga a ir aos queixos da pessoa que a profere. — "Perdoe-me V. Ex.a, mas o que acaba de dizer é uma inverdade; nunca o presidente da Paraíba afirmou tal cousa." — "Inverdade é a sua; desculpe-me que lhe diga em boa amizade; V. Ex.a neste negócio tem espalhado as maiores inverdades possíveis! para não ir mais longe, o crime atribuído ao redator do Imparcial. . . " — "São pontos de vista; peço a palavra."

Parece que inexatidão bastava ao caso; mas é preciso atender ao uso das palavras. Não cansam só as línguas que as dizem; elas próprias gastam-se. Quando menos, adoecem. A anemia é um dos seus males freqüentes; o esfalfamento é outro. Só um longo repouso as pode restituir ao que eram, e torná-las prestáveis.

Não achei a certidão de batismo da inverdade; pode ser até que nem se batizasse. Não nasceu do povo, isso creio. Entretanto, esta moça, pode ainda casar, conceber e aumentar a família do léxicon. Ouso até afirmar que há nela alguns sinais de pessoa que está de esperanças. E o filho é macho; e há de chamar-se inverdadeiro. Não se achará melhor eufemismo de mentiroso; é ainda mais doce que sua mãe, posto que seja feio de cara; mas quem vê cara, não vê corações.

Vi muitos outros viventes de igual condição, que mereceriam algumas linhas; mas o tempo urge, e fica para outra vez. Nem há só viventes separados; tenho visto irmãos, fileira de irmãos, saídos da mesma coxa ou do mesmo útero, com o nome de uma só família apenas diferençado pelo Sufixo, cuja significação não alcanço. Um exemplo, e despeço-me.

A chefia, e particularmente a chefia de polícia, é uma dona robusta, de grandes predicados e alto poder. Supus por muitos anos que era filha única do velho chefe; mas os tempos me foram mostrando que não. Tem irmãs, tem irmãos, tem chefação, pessoa de igual ou maior força, porque a desinência é mais enérgica. Tem chefança. Vi muitas vezes esta outra senhora, à frente da polícia ou de um partido, disputar às irmãs o domínio exclusivo, sem alcançar mais que comparti-lo com elas. Vi ainda a nobre chefatitra, tão válida e tão ambiciosa como as outras. Dos irmãos só conheço o esbelto chefiado, que, alegando o sexo, pretendeu sempre a chefança, a chefatura, a chefação ou a chefia da família.

Parece que, à semelhança dos filhos de Jacó, invejosos de José, que era particularmente amado do pai, os filhos e filhas do velho chefe, verido a predileção deste pela linda chefia, cuidaram de a matar. Estavam prestes a fazê-lo, quando surgiu a idéia de a meter na cisterna, e dizê-la morta por uma fera, como na Escritura; mas a vinda dos mesmos israelitas, com os seus camelos, carregados de mirra e aromas ...

Velha imaginação, onde vais tu, pelos caminhos do sonho? Deixa os camelos e a sua carga, deixa o Egito, fecha as asas, abre os olhos, desce; esta é a Rua do Ouvidor, onde não se mata José nem chefia; mas unicamente o tempo, esse bom e mau amigo, que não tem pai, nem mãe, nem irmãos, e domina todo este mundo, desde antes de Jacó até Deus sabe quando.

Para crônica, é pouco; mas para matar o tempo, sobra.

Até mais!



domingo, 7 de março de 2010

DIA DA MULHER CONFORME MACHADO DE ASSIS

  Senhores  e senhoritas,


Machado de Assis  trouxe  relevo  à figura da mulher  nos  seus  escritos.
 Vejam as  principais  mulheres de Machado  e  suas  qualidades.



O  QUE  A  MULHER  PRECISA  SABER   PARA  SER FELIZ?


a)  Lívia (1872):  dela  partiu  a  decisão  de  romper com a decisão de casamento.


b) Guiomar (1874): em  A mão e A luva,  escolhe Luiz Alves para que este lhe seja, sobretudo, útil.


c) Estela (1878):   em  Iaiá Garcia,  conduz  a  ação  e  promove  situações de felicidade para Luiz Garcia, Iaiá  e  Jorge.



d) Helena (1876):    para  não  ser  interpretada como aventureira, deixa-se morrer.

 

e) Virgília  e  Marcela (1881): em MPBC, Virgília foi a primeira a mostrar a cura das doenças nervosas decorrentes do casamento.
Marcela... a condutora da ação:  amou-me durante quinze meses e 11 contos de réis...


f) Sofia(1891): em Quincas Borba,  a mulher  é o elemento forte, traz o homem dependente de si.


g) Capitu (1899) em D.Casmurro, símbolo da mulher. Em Machado,  a  mulher  pode escolher a forma  de  sentir e  amar.O homem  sem  Capitu  não  é  nada.


h) Flora (1904): em Esaú e Jacó,  sensibiliza-nos, comove-nos, aparece e desaparece mansamente, morre sem perturbar-nos.


i) Fidélia  e  D.Carmo (1908): em M.Aires,  representam a dependência do  homem em tudo.
 "Aguiar sem Carmo não é nada". Representam, igualmente, dedicação à família  e  à vida.


 Machado  escrevia sobre mulheres e para mulheres.

VEJAM MAIS:

1 - "...não basta ver uma mulher para a conhecer, é preciso ouvi-la também..." (Ressurreição,cap.III)

2 - "A mulher, dizia ele, é um livro; o pé  é o índice do livro" (Histórias românticas, Ed. Jackson)

3- "pela adulação é que se alcançam as mulheres, bem como se as perde, tal como acontece com os reis" (Queda que as mulheres têm para os tolos", Miscelânea)

4- "as mulheres escolhem com pleno conhecimento do que fazem. Comparam, examinam, pensam, e só se decidem por um, depois de verificar nele a preciosa qualidade que procuram. Essa qualidade é...a toleima!" (Queda que as mulheres têm para os tolos", Miscelânea)

5- "como mulheres, sabem que  a  ousadia é a primeira virtude masculina" (Crítica teatral, Ed. Jackson).

Que sejamos felizes  com  as  mulheres!

Até mais!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

COMO PLANEJAR OBJETIVOS PARA OS PARÁGRAFOS -1

Senhores e senhoritas,

O planejamento do parágrafo é fundamental para a construção de um texto bem organizado.
Organizar bem os parágrafos pressupõe a definição prévia de objetivos para cada um deles.
Desejo que vocês desenvolvam a capacidade natural de construir parágrafos com base em objetivos.
Assim sendo, apresento algumas estratégias para a fixação de objetivos na redação de parágrafos:



I - PARÁGRAFO ORGANIZADO POR TEMPO/ESPAÇO

Dependendo do tema da redação será importante, antes de desenvolver o assunto, situá-lo no tempo, fazendo um percurso histórico sobre suas origens,seu contexto históico. O  parágrafo vai fornecer uma informação cronológica, histórica, temporal sobre eventos. O período temporal pode ser preciso
(datas precisas e completas) ou impreciso (expressões temporais que indicam época, sem precisar a data certa dos acontecimentos).

VEJA  UM  EXEMPLO:
"Entre 1890 e 1930 Taylor e outros conceberam a administração científica. Taylor iniciou seus estudos nos Estados Unidos, no final do século XIX  e o desenvolvimento das primeiras teorias sobre administração coincide com o início do século XX. Durante esse período, em 1916, Henry Fayol, na França, idealizou a teoria clássica das organizações, enquanto Max Weber, na Alemanha, por volta de 1910, desenvolveu seu trabalho sobre a escola burocrática de administração. Já Frederick Taylor, em 1900, pôs em prática algumas de suas ideias, demonstrando que as novas teorias podiam ser úteis ao aumento da produção e do lucro."

EXPLICAÇÃO:
Nota-se que o parágrafo passa informações históricas. Não especifica, apenas situa o tema no tempo e no espaço. Um parágrafo como esse poderia ser seguido por um outro com o objetivo de explicar o significado das teorias mencionadas.Cada uma das três teorias citadas seriam definidas e explicitadas para garantir melhor organização do texto.

NO  PRÓXIMO  POST   MOSTRAREMOS  O  PARÁGRAFO ORGANIZADO  POR DEFINIÇÃO

ATÉ  MAIS!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

COMO PLANEJAR E CRIAR IDEIAS PARA A REDAÇÃO

Senhores e senhoritas,

Antes de planejar um texto ou parágrafo será bastante útil investigar o que já se sabe sobre o assunto, isto é, o seu arquivo mental. A maioria dos alunos escreve espontaneamente, esperando que a inspiração divina ilumine e o texto 'surja' naturalmente. Deus ajuda, mas você deve fazer a sua parte.
De qualquer modo, o melhor método é  PLANEJAR sempre. Portanto, antes de iniciar a redação, faça um esboço de itens que poderão servir para o desenvolvimento dos períodos e dos parágrafos.

FAÇA  ASSIM:  após  escolher um tema, delimite-o o máximo de vezes possível em itens subordinados ou relacionados a ele de alguma forma. Este procedimento permitirá  perceber o quanto sabe sobre o assunto.

VEJA  UM  EXEMPLO: 
VIOLÊNCIA
Delimitação:

TIPOS:  Urbana -(tráfico);  Rural - ( Disputa por terra); Policial -(repressão)

CAUSAS: Sociais -(miséria); Morais -(éticas); Políticas -(corrupção)

CONSEQUÊNCIAS: Insegurança

SOLUÇÕES: Políticas -(sociais); Penais -(Sistema prisional).

SE  VOCÊ  PERCEBER  QUE  NÃO  CONSEGUE  DELIMITAR  É  SINAL DE PRECISA LER MAIS  SOBRE  O ASSUNTO.

O que há, portanto, a ressaltar  é  que  o planejamento dá  racionalidade ao trabalho  de redação. Sem ele, ficará  na  espontaneidade.

EXERCITE  AGORA  ESSA PROPOSTA  DE PLANEJAMENTO CONSTRUINDO DELIMITAÇÕES  SOBRE  OS  SIGUINTES  TEMAS:

- PROBLEMAS SOCIAIS BRASILEIROS;
- ASPECTOS DA TELEVISÃO BRASILEIRA;
- JUVENTUDE ATUAL: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS;
- A PUBLICIDADE NO BRASIL;
-CINEMA BRASILEIRO.

ATÉ MAIS!


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

ARTE DE ESCREVER = PRINCÍPIOS DA REDAÇÃO

   Senhores e senhoritas,


   Muitos de vocês revelavam   encontrar  dificuldade  para  encontrar  ideias  a  fim de   desenvolver  a  redação. Ora, é preciso esclarecer um fato:  não  há  um  mundo de ideias, residindo em algum lugar, que deve ser encontrado como em um passe de mágica.

   As ideias, senhores, existem  em  livros, nos textos já publicados, nas informações que recebemos pelo rádio, pela internet, pelos blogs, pelos jornais, na sala de aula  e  nas  discussões informais. Estas são as verdadeiras fontes da inspiração.

   O aluno que não lê terá, é claro, uma dificuldade bem maior em encontrar ideias do que  o  amante da leitura. A verdadeira fonte das ideias é  a  leitura constante. O espírito criativo e o raciocínio investigativo são os reforços fundamentais da capacidade de expressão.

  Portanto, para se criar ideias é preciso que você faça uma reflexão crítica sobre  o  estado atual  de seu  arquivo  mental. Avaliando criticamente o seu arquivo mental, ou seja, a quantidade e a qualidade das informações armazenadas em sua memória,  você  poderá ter uma ideia mais concreta de sua capacidade expressiva e deu seu potencial criador.

Até mais!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O QUE ELES DIZEM SOBRE ESCREVER



Senhores e senhoritas,

Espero que  2010 seja  para   vocês  um  encontro  profundo  com  o  Livro  e  com  a  Arte de Escrever, porque  CASA  SEM  LIVRO, CORPO SEM  ALMA (Cícero).


Começarei com 

Miguel de Cervantes :  A pena é a língua da alma.


A.Dumas , pai:  Não escrevas o que não puderes afirmar.


A. W. Schlegel:  A profissão de escritor é, segundo a maneira pela qual se exerce, uma infâmia, um passatempo, um ofício, uma arte, uma ciência ou uma virtude.


Jacques B. Bossuet: Não sei como pode o homem de bom senso ter paciência para escrever um livro só pelo prazer de escrever.


C. A. Vulpius:  O escritor é um bom diabo que não guarda só para si os seus tesouros, e os reparte, embora compensado pela ingratidão, com os outros.


Stendhal: O prazer de escrever é o mesmo que o de ler, sublimado por umas gotas de intimidade.


E. Wertheimer: Muitos escritores seriam mais lidos, se escrevessem menos.


Francis Bacon: Dificílimo é serem os escritores admirados e brilhantes ao mesmo tempo.


Thomas Fuller:  Alfaiates e escritores não podem esquecer a moda.


Oscar Wilde:  Se um romancista é tão vil que tira as personagens do vivo, deve pelo menos fingir que são criações e não vangloriar-se de tê-las copiado.


Schopenhauer: Há dois tipos de escritores: aqueles que escrevem em função do assunto e os que escrevem por escrever.


William Faulkner:  Se eu não tivesse existido, algum outro teria escrito meus livros: Hemingway, Dostoievski, todos nós. A única responsabilidade do escritor é alimentar o sonho.



Poderia  terminar com  versos, mas  termino com  MACHADO DE ASSIS:

"A  PRIMEIRA CONDIÇÃO DE QUEM ESCREVE É NÃO ABORRECER" (Ao Acaso, 10 de outubro de 1864, Crônicas, Ed. Jackson).

Até mais!